Folha de S. Paulo


Prefeituras do litoral de SP pedem apoio da população para coleta de lixo

As prefeituras de São Sebastião, Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, afirmam que intensificaram seus planos de coleta de lixo neste verão.

Lixo do litoral norte viaja 160 km até aterro

Mas elas dizem também que essas ações só vão dar certo se a população, e principalmente os turistas, colaborarem.

Para Maísa de Oliveira, coordenadora da divisão de Limpeza Urbana de Caraguatatuba, moradores e turistas também precisam colocar o lixo na rua apenas nos dias certos de coleta.

A medida, segundo ela, contribui para evitar que cachorros e urubus rasguem os sacos plásticos com o lixo e a sujeira se espalhe pelas ruas da cidade.

Apu Gomes/Folhapress
Sacos de lixo acumulados em uma das vias de acesso à praia de Juquehy, em São Sebastião (no litoral de SP)
Sacos de lixo acumulados em uma das vias de acesso à praia de Juquehy, em São Sebastião (no litoral de SP)

CONGESTIONAMENTO

O secretário de Meio Ambiente da cidade de São Sebastião, Eduardo Hipólito do Rego, reconhece o problema. Segundo ele, em alguns locais as pessoas reclamam de que a demora ultrapassa, e muito, as seis horas.

"O problema, neste ano, é o trânsito. Tenho percebido que ele está pior do que em anos anteriores".

O trajeto entre o centro e Juquehy, diz Hipólito do Rego, feito normalmente em pouco mais de uma hora, tem demorado quase quatro vezes mais. "Está prejudicando tudo. Até mesmo a fiscalização ambiental", diz ele.

Morador da cidade há mais de 20 anos, o secretário concorda que a solução do problema tem que ser regionalizada. "Mas ouço falar disso há muito tempo e até agora nada saiu do papel".

Por isso, diz, seria preciso descentralizar o tratamento do lixo na região. "No caso da costa sul, e apresentei esse plano ao prefeito, seria melhor tirar o lixo por Bertioga, para um outro aterro".

Outro caminho, para ele, é o incremento ainda maior da coleta seletiva que existe na cidade desde os anos 1980.

"A cidade é uma das pioneiras. Hoje, reaproveitamos 10% do lixo. É preciso avançar."

Editoria de Arte/Folhapress

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