Folha de S. Paulo


Em discurso, prefeito de Curitiba relembra mensalão e pede transparência

Eleito prefeito de Curitiba no ano passado, Gustavo Fruet (PDT) tomou posse do cargo nesta terça-feira (1º), na Câmara de Vereadores, e, citando o julgamento do mensalão pelo STF (Supremo Tribunal Federal), pediu que transparência seja a "palavra de ordem" do seu governo.

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Ex-deputado federal por três mandatos, Fruet foi um dos relatores da CPI que investigou o escândalo, em 2005. Na época, ele era filiado ao PSDB.

Hoje aliado ao PT, que elegeu a vice-prefeita Mirian Gonçalves, o agora prefeito pediu que "ninguém ignore a recente decisão do STF".

"Como prefeito, não poderei compactuar ou silenciar diante de irregularidades. Transparência será a palavra de ordem", afirmou.

Fruet foi eleito prefeito no segundo turno, com 61% dos votos. Sua posse representa a saída de um grupo político que governou a prefeitura de Curitiba desde 1989, com Jaime Lerner (ex-PDT e PFL, hoje sem partido).

Após a cerimônia na Câmara, Fruet segue para a prefeitura, onde será feita a transmissão do cargo pelo seu antecessor, Luciano Ducci (PSB).

O pedetista seguirá de bicicleta até a sede do Executivo. A distância é de cerca de 3 km.

BICICLETA

Após a cerimônia na Câmara, Fruet seguiu de bicicleta para a prefeitura, onde foi feita a transmissão do cargo pelo seu antecessor, Luciano Ducci (PSB). A distância percorrida foi de cerca de 3 km.

"Quero ser lembrado como um prefeito que resgatou o conceito de cidade sustentável. A vinda de bicicleta à posse simboliza essa transição", discursou o pedetista.

No pronunciamento feito em frente à sede do Executivo, o prefeito também fez críticas ao processo político de nomeação de cargos em troca de apoio eleitoral.

"Nossa responsabilidade não nos permite a adesão cega a todo e qualquer clamor de grupos ou setores deste ou daquele partido", afirmou Fruet, que compôs o secretariado majoritariamente com técnicos e professores universitários e disse que está "pagando o preço no mundo da política" por isso. Ele não citou nomes.

O primeiro decreto da nova gestão, a ser assinado amanhã, ordenará um pente-fino nos gastos da prefeitura. Segundo o prefeito, há obras incompletas e serviços não pagos ou mal executados, além de uma "dívida brutal". O antecessor, Luciano Ducci, nega problemas e diz que a eventual falta de recursos é causada por "fluxo de caixa".


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