Folha de S. Paulo


Refrigerante de guaraná feito por máquina é igualzinho ao da lata

Uma nova máquina promete fazer, em casa, um conhecido refrigerante de guaraná. Com a missão de provar a bebida feita pela B.blend, da Brastemp, e comparar com a "original", esta repórter caminhou por São Paulo com uma latinha gelada na bolsa –e isso foi bem calculado.

"GUARANÁ", estava anotado nas costas da minha mão esquerda durante todo o jantar da noite anterior. Eu não podia me esquecer de levar a bebida para casa.

Lá, ficou na geladeira até as 8h30 de terça (quando foi para o freezer, por 15 minutinhos, para garantir a temperatura).

Lata dentro da bolsa, seguimos pela marginal, passamos pela recepção e subimos o elevador, o guaraná e eu. Em uma sala de escritório, "Oi, tudo bem? Vim experimentar o guaraná em cápsula".

A máquina chegou ao mercado neste mês e, a partir de cápsulas, produz chás, sucos, néctares, energético, drinques (sem álcool) e refrigerantes.

Com o lançamento, a Brastemp anunciou uma parceria com a Ambev. Juntas, vão lançar diferentes rótulos da indústria em cápsulas. O primeiro será o Guaraná Antarctica, que estará a venda até o fim do ano.

Cápsula dentro da máquina, aperta-se o "play". No copo começa a cair a água com gás, fazendo espuma. Aos poucos, um fiozinho caramelo do extrato bem concentrado de guaraná. Mais água com gás –o extrato não entra em contato com a máquina e, assim, a próxima bebida será sempre limpa, sem contaminação da anterior.

Um copão de refrigerante. Primeiro gole, hum, parece mesmo "o guaraná". "Vocês se incomodam se eu abrir uma latinha que eu trouxe para comparar?", perguntei. Não.

Gole em um copo, gole em outro. O sabor é exatamente o mesmo. Cheira um, cheira o outro. O da cápsula quase não tem aromas e o da lata é bem perfumado, cheiro doce do guaraná. Gole em um, gole em outro. O da cápsula tem um monte de bolhinhas de gás passeando pela boca, pequeninas. O de latinha parece ter sido aberto há um tempo.

Veredicto: a bebida produzida pela máquina é mais refrescante do que a da latinha, agradou de verdade. E essa refrescância pode ajudar o cliente a aguentar o salgado preço do eletrodoméstico, difícil de descer.

Se cada lata de refrigerante custa R$ 2 no supermercado seriam necessárias mais ou menos 1.750 delas para pagar uma máquina (e isso não inclui o futuro preço das cápsulas).

As outras bebidas foram provadas pela sommelière Alexandra Corvo, colunista de vinhos de "Comida" e as impressões estão aqui.


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