Folha de S. Paulo


Em domingo "tranquilo", Eataly tem 1h30 de espera em restaurante

No sol forte deste domingo (7), do lado de fora do Eataly de São Paulo, era preciso esperar por cerca de dez minutos para entrar. Considerando os já registrados 30 minutos –dos dois primeiros fins de semana de funcionamento–, a visita ao novo "complexo gastronômico" da cidade, na Vila Nova Conceição, estava mais "tranquila".

O espaço, inaugurado em 19 de maio, tem capacidade para 1.500 pessoas –e vem recebendo cerca de 8.000 por dia. O público é liberado aos poucos na entrada (por isso a espera do lado de fora). Segundo a empresa, os dias de mais movimento são sextas, sábados e domingos. Das 11h às 20h –boa parte do horário de funcionamento.

"Parece que demorou mais para encher hoje", comentou um dos funcionários. "Não sei se é por causa do feriado prolongado [de Corpus Christi]."

Mesmo com o aparente menor movimento, ainda era preciso amargar longa espera para sentar nos restaurantes mais disputados: La Pasta e La Pizza.

Prevenidos, Natália Moribe, 30, e Paulo Koga Jr., 27, chegaram ao Eataly às 11h45 e foram direto para a fila do restaurante –que só abriria às 12h.

"Passo sempre por aqui e já tinha pesquisado o melhor horário para vir. Imaginamos que o feriado dividisse um pouco o público e que as filas seriam menores", disseram. Mas nem com o planejamento se livraram da fila, estimada em uma hora.

O que torna a espera bem menos cansativa é o fato de a casa anotar o número de celular do cliente e enviar uma mensagem no momento em que a mesa está livre.

O casal Nara Cristina Rodrigues, 48, e Maurício Cavalcanti, 52, chegou alguns minutos depois e teve como prazo no mesmo restaurante 1h30. "Você pode dar uma volta durante este tempo e até petiscar. Viemos passear, não estamos com pressa", disse Nara.

Entre prateleiras, Pâmela Venâncio, 26, caminhava olhando produtos com a sogra, que veio de Minas Gerais e fez questão de conhecer o complexo. "Eu acho que vai demorar alguns meses para o movimento diminuir. Ontem tentei jantar com os amigos e não consegui", disse. "Moro perto, venho a pé e já estive aqui três vezes. Mas se eu viesse de carro, me programaria melhor porque até o trânsito mudou na região." Além disso, neste domingo, o estacionamento estava lotado.

No carrinho que a sogra e a nora levavam havia pães, geleia, frutas importadas, frios e sucos. "Não é barato, mas os preços não são absurdos para a região", afirma Pamela.

Patrícia Panzetti, 48, discorda. Levava nas mãos apenas uma garrafinha de suco. "Cheguei da Itália há quatro dias e estive no Eataly de Roma. Estou com vergonha de alguns preços daqui", disse.

Patrícia se impressionou com os valores de uma tigela para comida de cachorro (R$ 567,90) e de um espremedor de suco manual (R$ 307,50). "Parece até que a vírgula está no lugar errado. Este é o Eataly mais luxuoso que já visitei e vamos pagar o preço disso."

No horário do almoço o movimento era intenso nos corredores do complexo. Tanto que, em alguns momentos, se estabelecia um sentido para o fluxo de pessoas. Quem quisesse caminhar na direção contrária tinha que esperar um pouco até poder passar adiante.

Mas mesmo com a grande quantidade de pessoas, havia espaços menos disputados. Se o restaurante que serve massas tinha longa fila, era possível ter uma mesa rapidamente no Il Crudo, que serve brusquetas, saladas e pratos com legumes e peixes.

Para comprar ingredientes como frutos do mar, carnes e massas frescas não havia filas, assim como para pagar os itens nos caixas.

EATALY
ONDE av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1.489, Vila Nova Conceição; tel. (11) 3279-3300
QUANDO todos os dias, das 8h às 23h


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