Folha de S. Paulo


Curiosidade: no século 19, enlatados eram abertos com martelo

No fim do século 18, o imperador francês Napoleão Bonaparte ofereceu uma recompensa a quem desenvolvesse uma técnica eficiente de conservação de alimentos, facilitando assim a vida das tropas durante as guerras.

O prêmio foi para Nicolas Appert, que descobriu o efeito do calor sobre produtos acondicionados em vidros fechados hermeticamente.

Em 1809, Appert publicou um livro relatando o invento. A publicação caiu nas mãos de Peter Durant, que a patenteou no ano seguinte, ampliando a aplicação da técnica a outros materiais –sem, no entanto, nomeá-los. Em 1811, a patente foi adquirida pela empresa inglesa Donkin, Hall & Gamble, que lançou os primeiros enlatados.

Tomates, ervilhas e sardinhas fizeram a alegria dos marinheiros, mas só chegaram ao varejo em 1830. E custaram a emplacar –custavam caro e era preciso usar martelo e talhadeira para abrir as embalagens.

A entrada das mulheres no mercado de trabalho, porém, logo fez crescer a demanda, o que levou a indústria a investir na melhoria dos processos.

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COMO É A EMBALAGEM DE HOJE

  • Depois de lavado, descascado e picado (ou preparado, no caso do molho de tomate), o alimento é acondicionado nas latas
  • Retira-se o oxigênio para que a lata seja lacrada
  • O alimento é cozido já dentro da lata, esterilizado e resfriado. Como a embalagem está fechada hermeticamente, não há risco de contaminação -daí a vida longa dos produtos

Fonte: Abeaço


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