Folha de S. Paulo


SP tem opções de rua que vão muito além do cachorro-quente; veja roteiro

Nem só de churrasquinho grego e cachorro-quente vive a comida de rua em São Paulo.

A reportagem percorreu a cidade em busca de barracas e carrinhos legalizados e apresenta aqui algumas boas opções para testar se comer ao ar livre é a sua praia.

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Além deles, veja duas casas recém-abertas que, com a pegada da comida de rua, servem pratos um pouco mais elaborados.

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AS NOVIDADES GOURMET

CHEZ BURGER
Inspirado no conceito dos "food trucks" americanos, o Chez Burger foi aberto em agosto ao lado de outro empreendimento do Grupo Chez, o Bar Secreto. A estrela do menu é o secreto burger, um dos hits do vizinho --180 gramas de hambúrguer de fraldinha, gruyère, relish de pepino e cebola roxa caramelizada (R$ 19). Do balcão, saem também fritas (R$ 13 ou R$ 7 a meia porção), musse de chocolate (R$ 6) e long necks Stella Artois (R$ 6). Três mesas, um banco de madeira e a calçada abrigam os frequentadores.

Chez Burger: r. Cunha Gago, 620, Pinheiros, tel. 0/xx/11/3729-3252. Qua. a sáb., 19h às 4h.

Eduardo Anizelli/Folhapress
Clientes no restaurante Chez Burger, na rua Cunha Gago, em Pinheiros
Clientes no restaurante Chez Burger, na rua Cunha Gago, em Pinheiros

PASTIFÍCIO PRIMO
No almoço, a fábrica artesanal de massas do uruguaio Ivan Schiappacasse oferece pastas e pizzas para viagem ou consumo na rua. É possível fazer o pedido e comer nos balcões ou banquinhos que ficam nas calçadas das três unidades paulistanas. As massas custam de R$ 9,90 (nhoque e penne com molho pomodoro ou branco) a R$ 16,90 (raviólis de cordeiro, búfala e ricota com nozes), e o pedaço generoso de pizza, a partir de R$ 4,90. Para acompanhar a refeição, há vinho em taça de acrílico (R$ 7).

Pastifício Primo: r. Alagoas, 28, Higienópolis, tel. 0/xx/11/3368-2299; r. Caraíbas, 762, Perdizes, tel. 0/xx/11/2367-4000; r. Fradique Coutinho 211, Pinheiros, tel. 0/xx/11/3881-9080. Seg. a sex., 11h30 às 14h30.

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QUEM JÁ ESTÁ NAS RUAS

BIG DOG
Há 31 anos, a família Cavalcante vende o cachorro-quente mais elogiado do campus da USP. Seu "dog assinatura" é a versão completa na baguete de parmesão, que mede mais de 20 cm, e inclui Catupiry e queijo ralado (R$ 7,50).

Big dog: pça. da Reitoria, s/ no, Cidade Universitária. Seg. a sex., 10h30 às 19h.

CALDO VERDE
Comer bolinhos de bacalhau (R$ 4 a unidade) no Caldo Verde antes e depois de um jogo no Canindé: essa tradição da torcida da Portuguesa conquistou muitos paulistanos que vestem camisas rivais. O menu traz ainda alheira (R$ 18) e um caldo verde famoso (R$ 15).

Caldo Verde: r. Comendador Nestor Pereira, 33, Canindé. Abre em dias de jogos da Portuguesa às 10h (quando as partidas começam às 16h) ou às 14h (quando elas acontecem à noite).

CANTINHO DA TAPIOCA
Pilotando um carrinho perto da rua Frei Caneca, Edneusa Santana, a "Neusa da tapioca", é figura popular entre turistas, moradores e trabalhadores da região. Na porta de um imóvel alugado, ela prepara mais de 40 versões do quitute, de queijo branco com tomate seco (R$ 8) a doce de leite com coco (R$ 5).

Cantinho da Tapioca: r. Dona Antônia de Queirós, 15, Consolação. Seg. a sex., 15h às 20h. Sáb., 13h às 20h.

LOS CAPORALES
A barraca mais concorrida da feira boliviana Kantuta é comandada por Mirian Zuniga, que nasceu em Cochabamba e trouxe de lá a receita de salteñas da mãe. Apelidadas de "empanadas da Bolívia", elas podem vir com carne bovina, de porco ou de frango (R$ 3,80 cada).

Los Caporales: pça. Kantuta, altura do nº 625 da r. Pedro Vicente, feira Kantuta, Pari. Dom., 11h às 19h.

TCHICANO AI AI AI
O baterista de banda de trash metal Ricardo Viola vende comida "tex-mex" na feira do parque Trianon. Oferece opções vegetarianas e produz suas tortillas, feitas com cerveja, que escoltam tacos, burritos e quesadillas (a partir de R$ 6).

Tchicano Ai Ai Ai: altura do no 1.700 da av. Paulista, em frente ao parque Trianon, Feira de Artes do Trianon, Cerqueira César. Dom., 11h30 às 17h.

YAKISOBA DO TANAKA
Escudeira de boêmios, bebuns, baladeiros e perdidos que frequentam a Augusta, a wok de Elizeu Cornachione é instalada numa mesinha em um estacionamento particular. Descendente de italianos, ele adotou o codinome Tanaka "porque 'yakisoba do Elizeu' não vende" (porção média de carne, R$ 7,50).

Yakisoba do Tanaka: r. Augusta, altura do no 700, Consolação. Qua. a sáb., 22h às 4h.


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