A partir desta segunda-feira, o Instituto Cervantes do Rio de Janeiro oferece um curso de degustação de azeite de oliva, durante o qual os alunos irão aprender a identificar as características do óleo.
A diretora do Instituto de Pesquisa e Formação Agrária e Pesqueira (IFAPA) de Cabra (Córdoba), Brígida Jiménez, é a encarregada de explicar as propriedades nutritivas e gastronômicas do azeite de oliva aos 15 alunos inscritos, grande parte deles cozinheiros ou estudantes de gastronomia.
Brígida explicou à Agência Efe que a degustação de azeite consiste em duas fases: uma olfativa e outra gustativa.
Nesta segunda (8), foi realizada a degustação de variedades, na qual os alunos provaram quatro tipos de azeite de oliva muito diferentes, tanto em relação ao cheiro como ao sabor.
"Alguns eram muito doces, outros entravam muito doce, mas pinicavam na garganta. Também havia aqueles de aroma de erva cortada que quando davam a sensação de estar mastigando trigo verde quando eram provados", contou Brígida, que nasceu em Jaén, a maior região produtora de azeite de oliva da Espanha.
Um dos alunos do curso, Marcelo Scofano, diretor de uma escola de gastronomia no Rio de Janeiro, já havia participado de dois cursos ministrados por Brígina na Espanha.
Para ele, é preciso educar o mercado brasileiro, que consome majoritariamente azeite português, para apreciar o produto espanhol, "aprofundando a questão sensorial".
Nos próximos dois dias, os cariocas provarão pelo menos mais 16 tipos de azeite, segundo Brígida, principalmente os produzidos na região de Andaluzia, mas também alguns de Extremadura, Levante e Catalunha.
Durante o curso, os alunos aprenderão a apreciar o azeite, e também terão noções do sistema de cultivo (de sequeiro ou de irrigação) e dos fatores industriais que influenciam nas características finais do produto.