Folha de S. Paulo


Depois de arrastão, chef quer promover panelaço por menos violência em SP

Depois de sofrer um arrastão em seu restaurante Ruella, no Itaim Bibi, a chef Danielle Dahoui está mobilizando outros restaurateurs para realizar um panelaço pedindo menos violência na cidade.

Dahoui está em contato com sindicatos e associações de restaurantes para dar respaldo à organização do panelaço.

Marlene Bergamo/Folhapress
A chef Danielle Dahoui, do restaurante Ruella
A chef Danielle Dahoui, do restaurante Ruella

A Folha noticiou incorretamente que um protesto contra a violência marcado para o dia 30 de junho no Parque do Povo, no Itaim Bibi, seria o evento organizado pela chef. Ela apenas dá apoio a esta passeata, que tem à frente a fotógrafa Bettina Fiuza.

O panelaço ainda não tem data definida. "Não consigo entender a visão de quem se tranca depois de sofrer um assalto. Temos que nos mexer e perguntar por que falta policiamento e iluminação. Queremos pensar em coisas eficazes e mobilizar autoridades", diz a chef.

O arrastão no Ruella, ocorrido em 30 de maio, foi o 21º registrado na cidade este ano -na noite de ontem, o bar Quiosque Chopp Brahma, a cinco quadras do Ruella, foi a vítima de número 22.

Restaurateurs famosos, como Alex Atala (D.O.M. e Dalva e Dito), Raphael Despirite (Marcel), Bel Coelho (ex-Dui), Renata Cruz (Amici), Carlos Bertolazzi (Zena Caffé e Per Paolo), Benny Novak (Ici Bistrô e 210 Diner) e Carla Pernambuco (Carlota e Las Chicas), já estão envolvidos na iniciativa.

"Vamos nos vestir de branco, nos reunir em um parque de fácil acesso ao povo e pedir paz", conta Dahoui.

O DIA D

O protesto do dia 30 de junho, chamado de "Dia D... clamar por paz", também pedirá o fim da violência em São Paulo.

O movimento se diz apartidário e feito por um "grupo de pessoas como você, que não aceita mais cruzar os braços".

Uma página no Facebook foi criada para divulgar o evento e, até este sábado, teve 12 mil participantes confirmados.

A fotógrafa Bettina Fiuza está à frente da passeata que recebeu rapidamente o apoio de donos de restaurantes.

Os organizadores do protesto pedem que participantes estejam vestidos de preto e ressaltam que "o evento não promoverá nenhuma ação truculenta".


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