Folha de S. Paulo


Morte de Teori pode atrasar processo sobre descriminalização das drogas

Além de lançar incertezas sobre o futuro da Operação Lava Jato, a morte do ministro Teori Zavascki deixa em alerta grupos que acompanham o processo sobre descriminalização do porte de drogas, em tramitação no STF (Supremo Tribunal Federal).

SOBRE A MESA
Zavascki havia pedido vista do caso em setembro de 2015, o que suspendeu sua tramitação. Até o ano passado, ele vinha afirmando que liberaria o processo para julgamento em breve. Os autos da ação voltaram para o gabinete do ministro dois dias antes do acidente de avião.

NO EMBALO
Entidades e especialistas que lidam com a questão esperam que a morte de Zavascki não retarde ainda mais a análise. Dois ministros já votaram a favor da descriminalização do porte apenas de maconha. Com a crise penitenciária, defensores de uma mudança na lei como forma de combater a superlotação das cadeias passaram a cobrar dos três poderes urgência na discussão sobre o tema.

É ELE
Uma série de mobilizações foi lançada na internet nas horas seguintes à morte de Teori Zavascki. O tema mais repetido nos abaixo-assinados criados em sites como Change.org, Avaaz e Petição Pública é o pedido para que o juiz Sergio Moro seja indicado para a vaga dele no Supremo.

CENÁRIO
No Avaaz, usuários fazem campanha para que o subprocurador geral da República Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça de Dilma Rousseff, ocupe o posto na corte. No Petição Pública, a vontade é a de que Cármen Lúcia, presidente do STF, tome o "gesto histórico" de assumir a relatoria da operação.

VEJA BEM
Mesmo que um dia vire ministro, Moro estaria impedido de julgar recursos relativos à Lava Jato ou a reformas de suas decisões, por ter atuado na operação policial como juiz em primeira instância.

JANTAR OFICIAL
O casal de empresários Bete e Marcos Arbaitman recebeu em jantar o prefeito João Doria, seus secretários e os membros dos conselhos de gestão. O evento reuniu ainda o governador Geraldo Alckmin e a primeira-dama, dona Lu, além do vice-prefeito Bruno Covas. Passaram por lá os secretários André Sturm, Eliseu Gabriel, Soninha Francine e Alexandre Schneider, com sua mulher, Juliana, assim como os empresários Chieko Aoki, Stella Sampaio Leite e Abram e Cecília Szajman.

LIMPEZA DA LIMPEZA
O artista e ativista Mundano, que limpou a tinta que foi passada por cima de uma pintura sua no largo da Batata usando só água e sabão, diz que "aderiu" ao projeto Cidade Linda, do prefeito João Doria (PSDB). E que sua atitude não é vandalismo nem tem a intenção de fazer guerra. "Apenas retirei a maquiagem que censurava meu trabalho para mostrar a verdadeira beleza da cidade", diz. A pintura tinha a frase: "Não dê vexame, SP não é Miami".

LINDA PARA TODOS
O ativista está convocando outros paulistanos a fazerem o mesmo. A prefeitura diz que a pintura executada "no muro pichado no largo da Batata faz parte do trabalho de zeladoria" e que "está apenas no início". "A continuidade do serviço, por conta da chuva intermitente, acontecerá nos próximos dias", afirma.

CURTO-CIRCUITO

Roberta Campos canta neste sábado (21) no parque Villa-Lobos, a partir das 16h. Grátis.

Caco Ciocler e Ricardo Grasson fazem a abertura da nova sede do CCC (Centro Compartilhado de Criação), neste sábado, na Barra Funda.

Peça infantil com direção de Débora e Cynthia Falabella, "O Rei e a Coroa Enfeitiçada" reestreia neste sábado no Teatro Fernando Torres, no Tatuapé, às 16h. Até 19/3.

A festa Pilantragi tem edição neste sábado à noite no Air Popup Club, que fica no topo do shopping Light.

Leandro Pagliaro lança neste domingo (22) livro sobre o processo criativo dos atores da série "Dois Irmãos" (Globo). Na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, às 14h.

com JOELMIR TAVARES (interino), LETÍCIA MORI e BRUNO FÁVERO


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