Folha de S. Paulo


"A ficha está caindo", diz ministro Joaquim Levy

Um dia antes de o dólar atingir R$ 4, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tentava mostrar otimismo a amigos com quem se encontrou anteontem, em SP. Ele estava na cidade para prestigiar a posse de Heleno Torres como professor titular de direito financeiro da Faculdade de Direito da Universidade de SP.

*

"Eu acho que, assim, a ficha está caindo", afirmou ele, dizendo acreditar que o Congresso vai apoiar as medidas econômicas propostas pelo governo para debelar a crise. "Nem deveria usar uma expressão tão informal, ainda mais nesse ambiente aqui, né? É melhor você colocar 'o ministro da Fazenda está otimista porque acha que está crescendo a conscientização em relação à necessidade da adoção de algumas medidas'", afirmou à coluna.

*

Levy dizia torcer também para que o Congresso votasse os vetos da presidente Dilma Rousseff, mantendo os principais e evitando uma despesa de mais de R$ 127 bilhões. Havia a hipótese de que a sessão fosse adiada, mas o ministro dizia que o melhor seria votar e mostrar que há compromisso de todos com o rigor fiscal (ontem houve votação e a maioria dos vetos já foi mantida ).

*

Na festa, ele foi abordado por Regina Alcantara e Dianne Felipe, procuradoras da Fazenda. "Estamos precisando de atenção", disseram, referindo-se à melhoria da remuneração da categoria.

*

"Eu vou fazer uma inconfidência, aqui, em primeira mão para vocês", disse Levy. As pessoas se aproximaram: "O clima no país não está, assim, muito tranquilo...". Todos riram. "Mas nós estamos trabalhando e em um momento melhor vamos resolver os problemas de vocês."

*

De mãos dadas com ele quase todo o tempo, a mulher de Levy, Denise, que mora em Washington, nos EUA, dizia que veio ao Brasil nesta semana para, digamos, vigiar o marido. "Eu fico aflita. O ritmo está muito puxado. Quero ver se consigo fazer com que ele descanse um pouco."

Leia a coluna completa aqui


Endereço da página:

Links no texto: