Folha de S. Paulo


Após desfilar em SP, Sabrina Sato espera ida ao Rio para tomar banho

A cidade de São Paulo agradece: a apresentadora Sabrina Sato está economizando água para valer.

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"Tomei um banho aqui e agora só vou tomar outro no Rio de Janeiro", disse ela à coluna na noite de sábado, quando se preparava para entrar no sambódromo -Sabrina é madrinha da bateria da Gaviões da Fiel. "Vou voar toda suada mesmo", revelou. No Rio, ela desfilaria pela Unidos de Vila Isabel.

Com jogo marcado para a quarta-feira de cinzas, 18, vários craques ainda assim passaram a madrugada em claro para ver a evolução da Gaviões na avenida.

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O ex-jogador Denílson criticava: "Sair pra curtir ou não quando você vai ter jogo é uma escolha pessoal. Mas eu não viria".

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Danilo não gostou. "Se ele não viria é problema dele. A gente consegue sair e jogar numa boa", disse ele, que estava com o atacante Luciano, ambos do Corinthians. O coordenador técnico do time Alessandro Nunes engrossou o coro. "Sabendo curtir sem exagerar, está tudo certo".

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Ex-lateral do Santos, Marco Aurélio Barbosa era confundido com Robinho. "Eu digo que ele queima o filme do cara. Faz um monte de merda e as pessoas acham que foi o Robinho", brincou Denílson. "Já peguei várias meninas dizendo que era ele", confessou Marco Aurélio.

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"Dindaaaa, Dindaaaa", gritava Ney Latorraca assim que viu Marília Pêra despontar na concentração da Mocidade Alegre.

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De celulares em punho para registrar o momento da chegada da amiga, ele e Leona Cavalli eram os mais empolgados do grupo que estava no carro alegórico da atriz, a homenageada da escola.

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"Marília é minha madrinha de escola de teatro! Quando eu a conheci, ela tinha 19 e eu 18!", afirmava o ator, que também assumiu a função de explicar para os jornalistas o grau de parentesco dos ocupantes do carro.

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"Não, a Sandra Pêra não é filha, é irmã da Marília", disse a uma repórter que perguntou à diretora e cantora de 60 anos como ela estava se sentindo ao ter a mãe homenageada.

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"Se fosse isso, mamãe teria que ter 380 anos", riam Nina e Esperança, essas sim, filhas da atriz, que tem 72.

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Marília era só sorrisos e acenos para os integrantes da escola, mas falou pouco antes do desfile, inclusive com os familiares. "Não estou nervosa, estou contente", dizia, quase sem se mexer dentro do trono que ficava sobre uma estrela rotatória

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Leona Cavalli balbuciava o refrão da escola, mas olhava o celular no resto da canção. A atriz Arlete Salles preferiu assumir que não tinha decorado. "Eu não sei, mas na hora a gente dá um jeito e compensa na animação".

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Com show marcado para a 1h, Zeca Pagodinho chegou cedo ao camarim para assistir as escolas. O cantor surpreendeu ao ouvir que o Carnaval de rua estava sendo retomado em São Paulo. "Aqui também tem bloco de rua? Mas o trânsito está uma beleza. No Rio, ninguém anda."

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O VESTIDO QUE PRECISOU DE 400 HORAS DE COSTURA

"Quem é esse aí?", pergunta curiosa uma socialite ao ver os flashes voltados para o camarote à direita do palco do salão principal no Melindrosas Magic Ball, como foi chamado neste ano o tradicional baile do hotel Copacabana Palace, no Rio.

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Esse aí era Teodoro Obiang Mangue, filho do ditador de Guiné Equatorial, dono de uma das maiores fortunas do mundo, e que neste ano patrocinou o enredo da Beija-Flor. Para hospedar a comitiva do país africano, ele fechou dois andares do hotel. Passou a noite cercado por seguranças à paisana, com camisas listradas, que formavam um corredor quando ele queria passar no meio dos convidados.

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Marina Ruy Barbosa, a rainha do baile, chegou depois da meia-noite, com um vestido de fenda cor de "maçã do amor", como explicou o estilista Sandro Barros.

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O modelo foi inspirado na vedete francesa Mistinguett ("procura no Google", diz Sandro), que causou frisson na inauguração do Copacabana Palace, em 1923.

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O vestido pesava 4 kg e tinha mais de mil cristais bordados. Pelos cálculos de Barros, demorou quase 400 horas para ser feito.

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Ainda passaram pelo baile os atores Diogo Vilela, Fabiana Karla, Juliana Alves, Luciana Vendramini, Stepan Nercessian e Zezé Polessa, os cantores Martinho da Vila e Paula Fernandes, a apresentadora Ana Paula Araújo e a dançarina Ana Botafogo. Socialites faziam fila na cascata de camarões e ostras frescas - e também na porta do banheiro feminino.

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"Eu já vim no Baile do Copa há muitos anos. Mas eu ainda não era Carol. Como Carol é a minha estreia", dizia a modelo transexual Carol Marra.

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"Só com muito Carnaval para esquecer os problemas do Brasil, né? Volta da ditadura é ridículo, mas isso que nós estamos passando também é uma falta de tudo", dizia Elke Maravilha. "Essa história de crise hídrica está mal explicada. Mas o que mais me irrita hoje é a corrupção. O brasileiro está sem fé", afirmava o ator Mário Frias.

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Fora do baile, um funcionário do hotel lavava toda a área da piscina com uma mangueira. (VITOR MORENO)

com JOELMIR TAVARES, MARCELA PAES e LETÍCIA MORI


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