Folha de S. Paulo


Grupo Accor vai inaugurar mais seis hotéis na capital paulista

A rede francesa de hotelaria Accor vai construir mais seis empreendimentos na capital paulista. Hoje, o grupo tem 40 unidades na cidade.

O aporte estimado totaliza cerca de R$ 343,5 milhões, a ser feito por investidores parceiros, e aumentará em 1.408 o número de quartos de que dispõe a marca na cidade.

Desses, quatro empreendimentos têm previsão de abrir no ano que vem, e ficarão na região da Berrini, nas imediações do aeroporto de Congonhas (zona sul), no Itaim e na Barra Funda (oeste).

As duas outras unidades —no bairro do Tatuapé (leste) e no Paraíso (sul)— deverão ser inauguradas em 2018 e 2019, respectivamente.

Neste ano, o grupo já havia aberto três hotéis em São Paulo, com investimento de R$ 180 milhões, diz Patrick Mendes, presidente da empresa para a América do Sul.

"O Brasil ainda tem um mercado adolescente e uma demanda muito grande na área hoteleira. Os grandes eventos internacionais, como Copa e Olimpíada, serviram de vitrine sem esgotar oportunidades de negócios, mesmo com aumento da oferta."

Nos próximos anos, a rede também pretende aumentar sua presença em municípios do interior, sobretudo em cidades com até 300 mil habitantes, diz o executivo.

A Accor atualmente opera com 13 diferentes bandeiras no Brasil —como Ibis, Sofitel, Mercure e Novotel.

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Fusão sem ofensa

O Cade (conselho de defesa econômica) passará a ter um prazo máximo de 30 dias para analisar atos de concentração de menor potencial ofensivo à concorrência —ou seja, os casos mais simples.

Hoje, o tempo máximo de avaliação é de 240 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 90. As fusões e aquisições de menor complexidade, porém, já são analisadas em 16 dias, em média.

A norma, portanto, é uma maneira de transmitir mais segurança ao mercado, diz o superintendente-geral do conselho, Eduardo Frade.

"É uma forma de dar mais transparência ao processo e de criar um compromisso com a celeridade das avaliações", afirma.

Entre 80% e 90% dos atos de concentração protocolados são de baixo potencial ofensivo. O órgão avalia, por ano, de 350 a 400 processos.

Caso o prazo não seja cumprido, a superintendência terá de explicar ao tribunal do órgão os motivos do atraso e tornar a análise prioritária.

A regra deverá começar a valer nos próximos dias, com a publicação no Diário Oficial.

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Centro de São Paulo deve ter 20 outorgas de áreas decadentes

A subprefeitura da Sé identificou 20 locais em seu território para serem cedidos à iniciativa privada por meio de concessões de três anos, nos mesmos moldes do contrato com o Mirante 9 de Julho.

São áreas deterioradas e onde a administração quer a presença de "atividade comercial que banque o melhoramento do espaço", afirma o subprefeito, Gilmar Tadeu.

O primeiro precisava ser um exemplo de que poderia dar certo, segundo ele.

A praça Roosevelt vai ganhar dois cafés com o mesmo tipo de contrato —vão ser investidos R$ 400 mil, diz a sócia Mari Ferreira.

A próxima outorga a ser lançada é uma área embaixo de um viaduto na Bela Vista.

Há a pretensão de refazer um edital para um espaço de 11 mil metros quadrados no Bixiga que foi ofertada como um bloco só e não encontrou interessados. A ideia é separá-lo em espaços menores.

A subprefeitura identificou esses pontos com potencial, mas como a gestão pode chegar ao fim neste ano, não serão lançadas chamadas públicas para todos, diz Tadeu.

outorgas no centro de SP

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Preço cimentado

O custo básico da construção civil paulista se manteve estável em agosto, em relação ao mês anterior, aponta o Sinduscon-SP, entidade do setor.

No acumulado de 12 meses, o aumento é de 5,68%. A taxa se mantém "bem comportada", avalia o vice-presidente Eduardo Zaidan. A inflação no período foi de 8,8%.

"Com a demanda fraca, fornecedores não têm repassado suas elevações de custo."

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Em milhares de cacos

Os pedidos de falência de empresas em todo o país tiveram aumento de 20,5% no acumulado deste ano até agosto, em relação a 2015, segundo a Boa Vista SCPC.

No mês passado, porém, houve 3,9% menos quebras.

"A queda ainda é grande, mas desacelerou. No começo deste ano, era de 30%. Até o fim de 2016, estimamos alta de 15% nas falências", diz Flávio Calife, da Boa Vista.

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Com que... Roupas e refinanciamentos de dívidas são os principais itens que os brasileiros parcelam, segundo pesquisa da Fecomércio RJ.

...cartão... Hoje, 34% das famílias pagam prestações. O principal meio de financiamento é o carnê bancário, que passou o cartão de crédito.

...eu vou? A maioria dos entrevistados (72%) afirmou que o orçamento familiar deve ficar equilibrado ou até mesmo ter sobras para compras.

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Hora do café

com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA


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