As empresas prestadoras de serviços em telecomunicação demitiram 450 mil pessoas no país nos últimos quatro meses, segundo o Sinstal (que representa o setor).
Entre as causas para os cortes estão a redução na oferta de serviços em razão da crise econômica e as margens menores devido aos preços pagos pelas companhias de telecomunicação.
A entidade representa 7.000 prestadoras de serviços, que empregavam 1,5 milhão de trabalhadores antes das demissões.
Esse foi o maior corte do setor dos últimos tempos, segundo Vivien Mello Suruagy, presidente da entidade e sócia diretora da Icomon.
Gabo Morales - 14.mai.2013/Folhapress | ||
Vivien Mello Suruagy, presidente da entidade |
"Não temos perspectivas de melhora até o final deste ano. A regulamentação da terceirização poderia ajudar o setor, mas ainda aguarda aprovação do Senado."
O sindicato pretende pedir ajuda ao Ministério das Comunicações para minimizar os impactos do cenário.
"Houve um aumento das exigências e metas que a Anatel impõe às empresas de telecomunicação, o que resulta em mais custos, que eles repassam aos terceirizados."
Cerca de 90% dos serviços das operadoras são executados pelas empresas de serviços terceirizados, de acordo com a entidade.
"Algumas prestadoras já cortaram até 40% de seu quadro de funcionários e devem demitir mais", diz Suruagy.
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Samba de uma nota só
Apesar da boataria sobre desavenças entre os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), equipes das duas pastas reagiram nesta terça-feira (28) em uníssono à alteração feita pela Standard & Poor's da nota brasileira para perspectiva negativa.
Depois de salientar que é mais uma notícia ruim para o país, integrantes dos dois ministérios disseram que a leitura dos ministros foi a de que a S&P deu um alerta da gravidade da situação e da importância do papel do Congresso.
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Visão raio-X
O grupo Dasa, de medicina diagnóstica, vai investir R$ 46 milhões neste ano na aquisição de equipamentos para ampliar a oferta de serviços no país.
O montante é cerca de 10% superior ao aportado pela companhia no ano passado nesse segmento.
Entre os novos produtos estão um aparelho para ressonância magnética e dois para tomografia computadorizada, que reduz em 25% a dose de radiação e em 60% o tempo de realização do exame.
As tecnologias serão instaladas nas unidades Alta Excelência Diagnóstica, em São Paulo, e CDPI, no Rio.
"Apesar de serem exames mais complexos e com custo maior, o reembolso pelos planos de saúde é o mesmo", afirma Emerson Gasparetto, diretor da Dasa.
"A conta não fecha, mas consideramos importante oferecer inovação."
O aporte prevê também a troca de cerca de 90 equipamentos de outras especialidades, como raio-x e ultrassonografia, e a inclusão de 500 testes no segmento de análises clínicas, com foco em medicina genética.
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Teto britânico
Sete em cada dez britânicos (69%) afirmaram em junho que esperam um aumento nos preços médios dos imóveis nos próximos 12 meses, segundo a Ipsos Mori.
O número é um pouco mais baixo do que a parcela que projetava alta em maio (72%).
Apesar da variação, a expectativa de compra de imóveis se manteve estável, de acordo com a consultoria.
Do total de entrevistados, 56% disseram acreditar que os próximos 12 meses serão um bom momento para adquirir uma propriedade imobiliária –eram 57% em maio.
Foram consultados 1.960 adultos para o estudo.
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Temperaturas alteradas
Um aumento de 5ºC na temperatura global poderá significar uma perda de US$ 7 trilhões (R$ 23,6 trilhões) na indústria de gestão de ativos.
O prejuízo seria decorrente de possíveis inundações, secas e tempestades severas, além de efeitos indiretos por causa de crescimentos econômicos menores e retornos de ativos mais baixos.
Hoje, o estoque mundial de ativos é estimado em US$ 143 trilhões, segundo projeção da EIU (Economist Intelligence Unit) feita a pedido da Aviva, empresa do setor de seguro.
Uma elevação de 6ºC quase dobraria as perdas, que chegariam a US$ 13,8 trilhões.
O cálculo da EIU foi feito com base na taxa de desconto dos investimentos.
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Sem perspectiva As novas altas do dólar prejudicarão ainda mais as importadoras de máquinas e equipamentos. "Se
R$ 3 já era um obstáculo, imagina agora", diz Ennio Crispino, presidente da Abimei (associação do setor).
Café fresco A Suplicy Cafés Especiais tem um novo CEO -Cristiano Almeida, que era do P.J. Clarke's. Para o segundo semestre, estão previstas 12 novas lojas no país. A empresa pretende aumentar a distribuição no varejo.
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Hora do café
com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI