E não é que mais da metade dos brasileiros já está devidamente conectada à internet? Quer dizer, isto se o IBGE não houver cometido mais uma lambança como a que fez com outros indicadores que teve de corrigir. Mas vamos confiar que está tudo certo aqui, e temos então mais gente teclando alucinadamente do que a população de muitos países.
Os dados que dão conta de que 50% dos brasileiros estão conectados foram colhidos em 2013 —e registram 2,5 milhões a mais do que em 2012. O que torna lícito afirmar, já no final do terceiro trimestre de 2014, que somos bem mais do que 50%, certo?
Com certeza esse aumento recebeu uma forcinha amiga da mobilidade, uma vez que, também segundo o IBGE, nada menos que 130 milhões de brasileiros (75% do total de compadres) estão de celular na mão. Quanto deles tem acesso à internet não se sabe, mas obviamente é muita coisa.
Mas o número que mais chamou a atenção, pelo menos a mim e à minha permanente inquietação quanto ao nível (baixo) que predomina naquilo tudo que trafega e/ou é postado na rede, em seus mais diversos ambientes, sobretudo nas redes sociais, foi o seguinte: 75% dos jovens brasileiros entre 15 e 19 anos estão conectados.
Diante disso, ou seja, desta explosão de hormônios digitais, a dúvida que resta é a seguinte: a internet permanece padecendo dos males da puberdade e da pós-adolescência contaminada por este vasto público "rebelde" e "irreverente", ou somos nós velhinhos, os apenas 21% de maiores de 50 anos conectados, que estamos no lugar errado?