Folha de S. Paulo


Família de Campos não tolera jogo sujo do PT e vai apoiar Aécio

O presidenciável tucano Aécio Neves participa neste sábado (11) de almoço na casa de Renata Campos, viúva do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos em Recife (PE)

O PSB pernambucano e a família Campos não toleram o jogo sujo do PT contra Marina Silva na campanha. Antes de ir para almoço na casa de Renata, Aécio fez campanha em municípios próximos a Recife.

Renata e vários outros membros da família do ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em agosto, vão formalizar o apoio à candidatura a presidente do tucano.

Estarão também no almoço o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), o senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e o prefeito de Recife, Geraldo Júlio (PSB).

O evento tem um simbolismo grande: demonstrar ao PT o amplo apoio que Aécio recebe da família de Eduardo e do PSB pernambucano, uma das alas mais fortes do partido. Tanto a família quanto esses integrantes do PSB entendem que o Brasil precisa de mudanças profundas e que Aécio é o candidato capaz, hoje, de promover essas mudanças.

O PT tomou uma sova do PSB em Pernambuco nestas eleições. O partido de Campos elegeu governador e senador, e já contava com o prefeito da capital. O PT esperava eleger quatro deputados federais. Não elegeu nenhum.

Além de acreditar na capacidade de Aécio para promover as mudanças necessárias para o país, há uma outra razão para o amplo apoio oferecido ao tucano: o sentimento de indignação da família Campos e do PSB com a forma como o PT se comportou nestas eleições contra o ex-governador pernambucano.

Um dos episódios que a família não perdoa foi a ação de agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) em Recife. Segundo os familiares, os agentes foram ao Estado, enquanto Campos ainda era vivo, para tentar levantar informações que pudessem ser usadas contra ele na campanha.

Em abril, a Polícia Militar de Pernambuco prendeu quatro agentes da Abin que atuavam disfarçadamente no Porto de Suape, em Pernambuco, com o objetivo de espionar as ações do governador. O porto era uma das principais iniciativas de Campos para promover a industrialização do Estado.


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