Folha de S. Paulo


O perigo de hipertensão na gestante

Josh McGinn/Flickr
Pré-eclâmpsia é o início de hipertensão (ou piora do quadro em já portadora) após 20 semanas de gravidez
Pré-eclâmpsia é o início de hipertensão ou piora do quadro após 20 semanas de gravidez

A hipertensão é um inimigo silencioso para todas as pessoas, mas nas mulheres grávidas é especialmente perigoso para mãe e filho. Diariamente acontecem 830 mortes de mães no mundo relacionadas a complicações na gestação ou parto, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

A revista "Jama", da Associação Médica Americana, publica neste mês as importantes recomendações de medicina preventiva da US Preventive Services Task Force para as gestantes. Elas principalmente sugerem identificar precocemente a pré-eclâmpsia em decorrência do aumento de sua incidência nos últimos anos.

A pré-eclâmpsia é definida como o início de uma hipertensão (ou piora do quadro em já portadora) após 20 semanas de gravidez. Ela pode, às vezes, estar associada a proteinúria (excesso de proteínas na urina).

Sua causa ainda é objeto de estudos e seu tratamento consta do controle fetal e materno e medicação anti-hipertensiva. Na gravidez, afeta a cerca de 4% das gestações nos Estados Unidos.

A importância da atenção à pré-eclâmpsia está no fato de que, sem tratamento, pode evoluir para a eclâmpsia, com suas convulsões, danos cerebrais e outras graves complicações e consequente morte materna.

As consultas médicas de rotina no pré-natal mostram mais uma vez sua importância pelos benefícios que proporcionam, principalmente pela redução de danos na mãe e bebê. O controle regular da pressão na gestante e o tratamento, quando indicado, reduzem o risco de morte materna.


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