Folha de S. Paulo


O clássico dos ingleses foi o melhor jogo do domingo brasileiro

Carl Recine/Reuters
Ossada suspeita de ser de João Leonardo da Silva Rocha, morto na ditadura militar, é exumada em Palmas do Monte Alto (BA)
Goleiro brasileiro Ederson, do Manchester City, frustra tentativa de gol do United

Old Trafford, chamado de Teatro dos Sonhos por Bobby Charlton, lendário craque do futebol britânico e mundial, recebeu o 175º Manchester Derby, entre o United e o City, embate disputado desde 1881, até então com 73 vitórias para os vermelhos do United e 50 para os azuis.

Não apenas porque o Brasileiro terminou, mas porque se trata do único encontro que pode rivalizar com Barcelona x Real Madrid. Nenhum amante do futebol pôde ficar indiferente ao clássico.

A previsão era de neve e nevou. Era também de bola com o City de Pep Guardiola e o United de José Mourinho na defesa. Como aconteceu durante todo o primeiro tempo que terminou num injusto 1 a 1, porque o time do catalão buscou sem parar o gol que fez e o do português nasceu de um erro bizarro da zaga.

Verdade que o segundo gol do City, logo no início dos 45 minutos finais, foi fruto de novo erro dos rivais, porque também o deus dos estádios escreve certo por linhas tortas.

A 51ª vitória do City veio naturalmente. Porque quando o United teve coragem de atacar, não só o goleiro brasileiro Ederson apareceu para fazer dois milagres consecutivos à queima-roupa, como os espaços abertos permitiram ao time azul duas chances desperdiçadas para ampliar.

Onze pontos de vantagem em 16 rodadas já indicam o campeão.

Nem o Corinthians foi capaz de fazer um primeiro turno assim no Brasileiro deste ano. E Guardiola ganhou de Mourinho pela nova vez em 20 duelos, com apenas quatro derrotas.

É AMANHÃ

Nesta terça (12) tem Grêmio contra o mexicano Pachuca pelas semifinais do Mundial. Melhor que seja contra um adversário de respeito, porque sem aquela história de obrigação de vencer, vexame se perder. O Grêmio é melhor. Terá de provar.

PEGA NA MENTIRA

Entre as tantas inverdades ditas por Ricardo Teixeira a Sérgio Rangel, porque a lógica da máfia não é a mesma das pessoas de bem, a mais divertida é quando nega ter medo de ser preso.

Por mais que acredite em sua impunidade, e por mais que as autoridades brasileiras permaneçam estáticas em relação a ele, a Wagner Abrahão e ao Marco Polo que não viaja, tenha certeza a rara leitora e o raro leitor de que, diariamente, ao acordar e verificar no relógio que são mais de seis horas da matina, o ex-cartola encalacrado respira aliviado.

Porque normalmente a Polícia Federal visita seus futuros hóspedes ao raiar da manhã. Tic-tac, tic-tac

GOL CONTRA

Se, de fato, como revelou Maurício Stycer, a TV Globo passar a permitir que seus jornalistas da área esportiva façam publicidade, será marcado mais um tento contra a credibilidade do jornalismo.

Pense num jornalista fazendo propaganda de um patrocinador da CBF. Esperta foi a marca que rompeu com a entidade e contratou Tite. Paga menos e tem retorno muito maior.

DISSE O MESTRE

Janio de Freitas, domingo (10), nesta Folha: "É difícil desenvolver a compreensão desse Brasil, tão inculto, tão controvertido, tão amalucado. Esse Brasil exultante com as ações contra a corrupção e indiferente à ocupação de sua Presidência por uma declarada quadrilha de corruptos. O Brasil é você. O Brasil somos nós".


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