O torcedor alviverde sofre.
Seu time faz 1 a 0 e administra a vitória. Sempre pode acontecer um acidente, numa bola vadia.
Um empate ontem seria terrível, porque o Santos virou para cima da Ponte Preta, assumiu a vice-liderança e poderia ameaçar.
Poderia.
Se a rodada começou com o Palmeiras cinco pontos à frente do Flamengo, então em segundo lugar, terminou com o líder seis pontos adiante do novo vice.
Tranquilo não foi, num jogo guerreado contra o desespero do Inter e sob chuva forte no primeiro tempo, gramado rapidíssimo, disputas físicas e, milagre!, ótima arbitragem de Péricles Bassols.
Paulão, zagueiro colorado, reclamou que não cabeceou a bola que originou o escanteio que redundou no gol palmeirense, de Cleiton Xavier. Quem cabeceou foi o estupendo zagueiro Mina, do Alviverde. De fato. Só que a bola, depois, bateu no braço do gaúcho.
Faltavam ainda 75 minutos para o jogo terminar e cabia ao Inter assustar o Palmeiras.
Cabia, mas não coube.
Chance claríssima de gol só houve mais uma, no fim do jogo, e nos pés de Gabriel Jesus, que fez tudo certo, mas pegou na trave, depois de leve desvio do goleiro Daniel Fernandes.
Jaílson, o Paredão Tranquilo, não precisou fazer nenhuma grande defesa e, olhe, está lá para isso – e tem feito quando necessário.
O Palmeiras segue construindo sua rota para o título com segurança, ontem sem Moisés, só que também com a fortuna de escalar Cleiton Xavier e vê-lo sair, novamente machucado antes do fim do clássico, mas como herói.
Reclame o torcedor rubro-negro, que viu o Flamengo, na reta final, empatar outra vez, ganhar apenas três dos últimos 12 pontos que disputou.
Faltam apenas quatro rodadas e o Palmeiras tem mais dois jogos em casa, contra Botafogo e Chapecoense.
Não será fácil o próximo embate, contra o Galo, fora, mas também o Santos, na penúltima rodada, enfrentará o Flamengo, no Maracanã.
A grande dúvida é uma só: até lá o Palmeiras já não terá soltado o grito de campeão brasileiro, preso há 22 anos na garganta?
Tudo indica, rara leitora palmeirense, raro leitor palmeirense, que sim.
Se não, na última, sem dúvida. Quer apostar?
TOLINHOS E IGNORANTES
O primeiro foi Ricardo Teixeira, diretamente.
Agora, o Marco Polo que não viaja tentou por interposta pessoa.
Ambos deram com os burros n'água por apostar que o mundo é feito só de gente vaidosa ou em busca de boquinhas, ou boconas.
Tostão rejeitou novo convite da CBF porque um Tostão vale trilhões de cartolas sem noção de dignidade.
A GOLEADA QUE FALTAVA
O massacre são-paulino no Majestoso sobre a apatia corintiana era tudo de que o time do Morumbi precisava para remediar um ano ruim. Lavou a alma.
Era também o resultado para coroar o processo de ruína que colheu o Alvinegro do presidente ao ponta-esquerda e que passa, inexorável, pelo ex-presidente. Pedra cantada.
ARENA REJEITADA
Em fins do ano passado, o direito de uso do nome da Arena Corinthians foi oferecido à Friboi, sem que precisasse pagar pelo primeiro ano.
A empresa, com problemas com o BNDES e com a PF, nem quis abrir negociação.