Folha de S. Paulo


1800: Rivalidade política durante eleição levou a duelo e morte

Divulgação de áudios do candidato republicano Donald Trump, apresentação de depoimentos bombásticos, vazamento de e-mails da democrata Hillary Clinton e ataques de toda a ordem revelam o baixo nível da eleição nos EUA neste ano.

Mas esses eventos, ainda que pesados, não chegam perto do que houve em 1800, quando Thomas Jefferson foi aclamado presidente —o terceiro da história americana.

A eleição daquele ano, conhecida como "Revolução de 1800", registrou empate entre Thomas Jefferson e Aaron Burr, com placar de 73 a 73 no Colégio Eleitoral.

Depois de uma semana e 36 votações, Jefferson saiu vitorioso da Câmara dos Representantes por 10 a 4 —e Burr acabaria se tornando o vice-presidente do seu governo.

O resultado teve influência direta do federalista Alexander Hamilton, rival de Burr.

Hamilton não gostava de ambos. Mas preferia Jefferson a Burr e fez campanha durante as sucessivas votações para que Jefferson vencesse. Sua interferência, entretanto, não seria esquecida.

Quatro anos depois, e com a rivalidade pública acentuada, Burr desafiou Hamilton a um duelo. Em 11 de julho de 1804, em Nova Jersey, Burr matou Hamilton com um tiro. Embora Burr não tenha sido julgado, o duelo arruinou sua carreira política.

Stan Honda/AFP Photo
Estátua de bronze de Alexander Hamilton, primeiro secretário de Tesouro dos EUA, em exposição no museu
Estátua de Alexander Hamilton, morto em duelo em 1800

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