Folha de S. Paulo


Sem tempo para brincar

Passava cada dia da semana pensando quando iria brincar.

De manhã, vou para escola. Quem sabe na volta?

Ao voltar para casa, o almoço está pronto. Quem sabe após comer tudo?

Impossível, tenho que tirar o uniforme e fazer a lição de casa. Faço com capricho para não ter que refazê-la e, assim, sobrar algum tempo para brincar.

Quando pego o brinquedo, lembro que hoje é dia de natação. Pego a touca, o óculos e vou treinar na certeza de que conseguirei brincar na volta. Mas na volta tenho que tomar banho.

Finalmente, quando vou brincar, o jantar está na mesa. Meus pais chegam, conversamos, mostro as atividades e chega a hora de dormir.

Agora, só se eu "sonhar" que estou brincando.

Chega de reclamar! A solução é se divertir com tudo na vida: na escola, na lição de casa, nos desenhos, na natação, no almoço e até no banho.

Podemos e devemos cumprir nossas responsabilidades. Mas podemos fazer tudo como se a vida fosse uma grande brincadeira.

Tales Felizola, 11, é o colunista convidado deste mês.

Pedro Coelho

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