Folha de S. Paulo


Minha redação de português

Um dia, minha professora pediu que a nossa turma fizesse um texto sobre a nossa história e nossa família.

Como sou órfão, não tive o que escrever –nem sobre como era a minha família, muito menos sobre qual era a minha história verdadeira.

A primeira coisa que fiz foi falar com a diretora do orfanato em que eu morava, para saber quem eram os meus pais e como eu tinha ido parar lá.

Para a minha surpresa, a diretora Laura disse que eu fui para o orfanato porque minha mãe tinha ficado muito doente, logo depois que eu nasci, e meu pai tinha sido preso por um crime que até hoje nunca resolveram. Minha mãe se chamava Janaína. Meu pai, Roberto.

Achei esta história muito triste, então resolvi não escrever sobre isso. Pensei que meus colegas de orfanato, a diretora Laura, o cozinheiro Mário e a nossa muito atrapalhada governanta Clotilde é que tinham sido a minha família. Depois, fiz um desenho com todos do orfanato.

Minha professora adorou o texto, e eu tirei nota 10 em português!

Pedro Coelho

ELISA BRODBECK, 9, colunista da "Folhinha"


Endereço da página:

Links no texto: