Folha de S. Paulo


Caetano, Gil e Chico: a droga da celebridade

Um fotógrafo resolveu fazer uma experiência para mostrar o poder da droga no corpo.

Deixou as telas de lado e seus tradicionais pincéis. Fez de seres humanos as telas e trabalhou apenas com produtos de maquiagem. Sem photoshop (veja aqui ).

Essa foi a ilustração que encontrei para mostrar o que considero essencial no debate sobre as biografias - um assunto que colocou sob holofotes e críticas algumas das pessoas que mais admiro artisticamente e fazem parte da minha trilha musical permanente.

O que está em jogo, em essência, é apenas o seguinte. Estamos falando de pessoas que são celebridades e vivem de ser celebridades.

Merecerem, aliás, serem celebridades por causa do seu extraordinário talento.

Querem ser lembrados apenas como celebridades, sem os traços humanos. Isso é uma espécie de droga.

Acabaram se envolvendo em algo - a censura - que compromete muito mais sua biografia.

Como escreveu Caetano, Narciso acha feio o que não é espelho.

Para mim, o que eles fizerem ou deixaram de fazer em suas vidas não afeta em um milímetro o encanto e o prazer que suas obras me produzem.

Aproveitando, veja aqui uma coleção de imagens de estrelas do entretenimento estampadas na publicidade comparadas com a vida real.


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