Folha de S. Paulo


Madame Natasha concede bolsa a Gilmar por fala sobre trabalho escravo

Walterson Rosa/FramePhoto - 21.set.2017/Folhapress
O ministro do STF Gilmar Mendes em sessão do Supremo
O ministro do STF Gilmar Mendes em sessão do Supremo

Madame Natasha passa o dia vendo televisão e convenceu-se de que o Supremo Tribunal Federal muda suas convicções com um radicalismo que supera a transformação de Ivana no Ivan de "A Força do Querer".

Natasha aprecia os óculos da ministra Rosa Weber (ela muda de armação, mas não muda seus votos) e assusta-se com a mímica labial de Gilmar Mendes. A senhora concedeu uma de sua bolsas de estudo ao doutor, pela seguinte formulação a respeito da portaria do trabalho escravo : "Eu não tive tempo ainda de ler a portaria e terei de fazer a devida aferição. Esse tema é sempre muito polêmico e o importante, aqui, é tratar do tema num perfil técnico, não ideologizado."

Sem ter lido, Gilmar ouviu a própria voz, mas não disse nada.

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TRUMPISTÃO

Para que se avalie o tamanho do risco que o mundo corre: em seu apartamento de Nova York, Donald Trump tem um quadro onde estão pintadas duas meninas. A quem pergunta ele diz que é do francês Auguste Renoir.

Mentira, mas até aí, tudo bem. Podia ser uma falsificação do estilo fácil de Renoir. O problema é que o Renoir de Trump é uma reprodução de um quadro exposto à visitação pública em Chicago desde 1933.

Isso não é coisa de mentiroso, mas de maluco.

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BRAZIL

Um professor americano que cuida da área de assuntos brasileiros numa grande universidade surpreendeu-se com o comportamento dos estudantes depois que começou a crise de Pindorama.

Quando tudo era alegria, Olimpíada e maravilha, a curiosidade da garotada pelo Brasil era pequena. Agora, aumentou sensivelmente, sobretudo entre os alunos da área social.

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