No ano passado, Tiago Ring, um analista da Kapitalo Investimentos que acompanhava o Fies há anos, fez uma exposição sobre o programa de financiamento de estudantes com críticas à sua estrutura e aos altos e baixos das ações de empresas educacionais na Bolsa de Valores.
Uma equipe da Kroton, o maior conglomerado do setor com cerca de 2 milhões de estudantes, foi à Kapitalo para rebater o trabalho de Ring e semanas depois ele foi dispensado.
Segundo a empresa informou aos repórteres Geraldo Samor e Natalia Viri, que levantaram o caso de Ring, uma coisa nada teve a ver com a outra.
Numa das lâminas de sua exposição, Ring mostrou que o governo paga as anuidades dos estudantes do Fies numa tarifa cheia, enquanto os jovens que cursam sem receber o financiamento conseguem descontos em promoções especificas. Vá lá, mas os estudantes que se declaram torcedores do São Paulo ganham descontos de 20%. Os do Internacional conseguem 10%.
O analista fez uma pergunta: "Por que é que o MEC não escreve explicitamente que o aluno Fies deve ser o aluno de menor mensalidade da classe?"
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