Folha de S. Paulo


Som, som, som

Tem quem balance a cabeça ao som de guitarras distorcidas, tem quem balance a bunda cada vez que um baixo cheio de ginga toca um funk animado.

Tem quem goste do Daft Punk. Mas os Saltimbancos nunca saem de moda, assim como a música "A Casa" de "A Arca de Noé". A Galinha Pintadinha, inferno dos infernos, faz muito bebê e criança dançarem.

Tem o Gabo, que pasmem, gosta mesmo é de Flying Lotus. Já o Benjamim gosta do James Brown, e o Jorge adora Beastie Boys.

A Eva gosta das Slits, e a Isadora, de Beatles. O Antonio curte músicas da roda de capoeira, e o Tomás, música clássica. Já o João gosta mesmo é de samba e pagode. É muito bom poder mostrar para os filhos as músicas das quais a gente gosta e perceber que eles gostam das mesmas.

Dá uma sensação boa, de amizade por interesses comuns, que é bem diferente da nossa relação do dia a dia. Porque não é cuidar nem amar a pessoa, é compartilhar algo de que a gente gosta, aquela coisa de ouvir junto a música, acompanhar a letra, dançar na sala de casa.

É bom! Bom de fazer com pai, mãe, tio, tia, primo e vizinha. Também é bom o caminho inverso: mostrar uma música para o adulto.

Às vezes, ele está completamente por fora. E, quando ele achar uma chatura, não esqueça: Ele já está meio velho, e é seu papel fazer com que conheça coisas novas.


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