Folha de S. Paulo


Título que segue a Selic é boa opção para quem quer investir no Tesouro

O Tesouro Direto tem sido frequentemente mencionado como boa alternativa de investimento em renda fixa. Além de ser considerada uma aplicação segura, tem liquidez diária e o retorno financeiro é muito superior em comparação à caderneta de poupança, por exemplo. O Tesouro também abrange diferentes tipos de investidores. É possível começar investindo com R$ 30 e até o máximo de R$ 1 milhão por CPF.

No entanto, muita gente ainda tem dúvidas na hora de investir no Tesouro, principalmente quem nunca teve contato com o investimento. Dentre as possibilidades de títulos, uma boa opção para iniciantes seria o Tesouro Selic (antigamente conhecido como LFT).

Como o próprio nome diz, o rendimento do papel está atrelado à taxa básica de juros do país, atualmente fixada em 14,25% ao ano. Ou seja, dentro de seu prazo de vencimento, o rendimento do título oscila de acordo com a variação da Selic. Neste contexto, quanto mais elevada a taxa de juros, maior o rendimento do título.

Para fins de comparação, o Tesouro Selic hoje se equipara a um CDB (Certificado de Depósito Bancário) que paga 98% do CDI, descontados os custos e taxas de administração. Em outras palavras, equivale a um título privado que paga 98% de uma taxa que acompanha a Selic.

Pelas regras do Tesouro Nacional, o investidor deve adquirir pelo menos 1% do valor de um título, observado o valor mínimo de R$ 30 para começar a investir. No caso do Tesouro Selic, o valor do título hoje está perto de R$ 7 mil. Ou seja, o investimento inicial teria que ser de, no mínimo, R$ 70 (para compra de 1% do título).

O investimento é interessante para quem visa retorno no médio e longo prazos, tendo em vista que o título vence em março de 2021. No entanto, é possível fazer operações de compra e venda antecipada diariamente sem perdas significativas.

Para começar a investir, é preciso se cadastrar em uma corretora. Sobre este aspecto, dá para fazer suas transações através de uma corretora independente ou por uma instituição bancária. O site oficial do Tesouro Direto disponibiliza uma lista das corretoras e bancos autorizados a fazer esse tipo de operação, bem como as taxas de administração cobradas por cada um. Vale lembrar que algumas instituições oferecem isenção das taxas. É recomendado pesquisar não só pelos custos mais baixos, mas também avaliando a qualidade da prestação de serviço.

Além da taxa de administração, o investidor arca com uma taxa de custódia de 0,3%, IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para investimentos com menos de 30 dias e o Imposto de Renda que incide de forma regressiva sobre os juros da operação.

Para resgates em menos de seis meses, a alíquota incidente é de 22,5%, enquanto no resgate depois de dois anos de investimento a taxa cai para 15%. Se você tem ideia de quanto tempo pretende manter o dinheiro investido e o valor inicial que possui para começar a aplicar, vale a pena fazer uma simulação. O próprio site do Tesouro disponibiliza uma calculadora.

Para finalizar, seja lá qual for sua intenção de prazo para resgate, é aconselhável aplicar o dinheiro no Tesouro e ter uma rentabilidade que acompanhe os juros altos do que manter as economias guardadas na poupança, por exemplo, que hoje não consegue nem acompanhar a inflação.


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