Folha de S. Paulo


Cãozinho que nasceu com defeito nas patas recebe próteses impressas em 3D

Nos Estados Unidos, a tecnologia de impressão em três dimensões se tornou a melhor amiga de um cãozinho.

O pequeno Derby, um husky, nasceu com um defeito nas patas dianteiras, o que faz com que ele tenha grande dificuldade de locomoção.

Os donos do animal tinham improvisado uma espécie de cadeira de rodas, o que ajudava na movimentação, ainda que desengonçada. A tentativa seguinte fez com que o cão se tornasse o mascote e um dos cases de sucesso de uma empresa especializada em impressão 3D, a americana 3D Systems, com sede na Carolina do Sul (EUA).

Para resolver o problema do cãozinho, técnicos e engenheiros fizeram um modelo 3D de suas patas e projetaram no as duas prótese que se encaixam em cada um dos membros dianteiros.

Com o aparato, Derby pode mover-se com agilidade e até mesmo correr por alguns quilômetros ao lado de seu dono, Dom Portanova. "Eu mal pude acreditar quando vi aquilo", disse.

O problema era que Derby ainda estava muito próximo do chão, ou seja, ao usar a prótese, não atingia a altura de um cachorro normal.

A ideia inicial da empresa era apenas ampliar o modelo original, mas não houve grande sucesso. "Parecia que ele estava usando dois balões no lugar dos braços", disse Tara Anderson, diretora da 3D Systems.

A ideia seguinte foi a de tentar um novo design, que se assemelha, grosso modo, a dois aros justapostos, que fornecem a altura necessária para Derby ter uma postura adequada. O material das próteses foi produzido com uma técnica chamada SLS (Selective Laser Sintering), que se baseia na ação de um laser em um material em pó, que ganha a forma desejada.

Sherry Portanova, dona de Derby e mulher de Dom, afirma que a adaptação à nova prótese foi boa, apenas acrescentando altura, sem perda de mobilidade. "Ele anda em linha reta e senta como um cachorro normal, o que ele nunca havia conseguido fazer", disse.


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