Os vorazes tiranossauros, além de assustar outras espécies pré-históricas com sua embocadura e seu tamanho, também brigavam entre si e até praticavam canibalismo.
Os cientistas David Hone, da Universidade de Londres, e Darren Tanke, do Museu Real de Tyrrell (em Alberta, no Canadá) foram os responsáveis pela descoberta.
Eles analisaram o crânio de um daspletossauro (o nome significa "lagarto amedrontador"), um tiranossauro menos famoso que o rex, mas que chegava a 9 metros de comprimento e pesava mais de 2 toneladas. O bicho habitou o que hoje é a América do Norte cerca de 75 milhões de anos atrás e estava no topo da cadeia alimentar.
O crânio do animal ficou com as marcas das batalhas (cicatrizes ósseas) recebidas durante a vida.
David Hone | ||
A mandíbula deste crânio de daspletossauro foi quebrada pela uma mordida de outro tiranossauro. |
Algumas das dentadas foram recebidas e registradas nos ossos do animal após sua morte, o que alimenta a hipótese de canibalismo. As lesões são compatíveis com as que um outro tiranossaurídeo poderia ter realizado. A fratura presente na mandíbula que foi encontrada pode ter sido provocada durante a briga.
"Essas interpretações são uma tentativa, mas esse cenário de canibalismo das carcaças é possível e é uma grande evidência de um que um grande tiranossauro poderia consumir outro", escreveram os autores.
Os resultados foram publicados nesta quinta-feira (9) no periódico científico "PeerJ".
Tuomas Koivurinne | ||
Concepção artística do canibalismo entre daspletossauros, membros da família dos tiranossauros |