Folha de S. Paulo


Licitação para reconstruir base na Antártida é suspensa

Um dia antes da data marcada para a abertura dos envelopes com as propostas da concorrência, a Marinha suspendeu a licitação para reconstruir a Estação Antártica Comandante Ferraz, destruída após em um incêndio fevereiro em 2012.

Segundo uma nota divulgada no site da Secirm (Secretaria Interministerial para os Recursos do Mar), a licitação foi suspensa "em virtude da necessidade de alterações técnicas nos documentos que compõem o processo".

A Marinha não deu mais detalhes sobre a natureza dessas alterações e nem disse quando a concorrência, estimada agora em R$ 137 milhões --quase o dobro do previsto inicialmente-- será retomada.

É possível que, com o adiamento da licitação, todo o cronograma da reconstrução da base seja afetado.

Realizar qualquer trabalho de construção no inóspito ambiente gelado da Antártida requer condições climáticas adequadas, o que limita boa parte das obras e atividades ao verão do continente (de novembro a março).

CUSTOS E ATRASO

Em outubro, na entrega do projeto executivo da estação, foi confirmado que lançamento da pedra de gelo fundamental da obra, antes programado para novembro, fora remarcado para março de 2014. A inauguração da base, por enquanto, está prevista para 2015.

Na mesma ocasião, houve uma revisão do custo divulgado em maio, R$ 72 milhões. Na licitação, a nova Estação Antártica Comandante Ferraz está oficialmente estimada em R$ 137 milhões.

As alterações nos valores foram atribuídas sobretudo a variações cambiais.

O projeto da nova estação, escolhido em um concurso de design, prevê que prédio principal terá cerca de 4,5 mil metros quadrados, com 32 camarotes (dormitórios), podendo receber 64 pessoas.

Existem ainda sete unidades isoladas --com cerca de 60 metros quadrados-- que ficarão em pontos próximos à construção.


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