Folha de S. Paulo


Cientista trabalhou a vida toda no projeto Voyager e não pretende se aposentar

O engenheiro Ed Stone, 77, dedicou mais de 36 anos de sua vida ao projeto da sonda americana Voyager-1.

Quando a missão começou, ele era um jovem e promissor cientistas com duas filhas pequenas. No momento em que a nave estava passando por Saturno, as crianças estavam na faculdade. Agora que o objeto já deixou para trás o Sistema Solar, Stone é um respeitado chefe de missão que já tem netos.

Depois de 36 anos no espaço, sonda Voyager sai do Sistema Solar

Quando esteve no Brasil para falar em um congresso da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, há cerca de três meses, Stone ainda não podia bater o martelo quanto à posição da Voyager no espaço interestelar, mas ele já adiantou: isso não significa que ele vá se aposentar.

"Sim, eu dediquei muito tempo a esse projeto e foi um prazer. Mas a saída do Sistema Solar não significa que não haja mais nada por fazer. Pelo contrário, é a partir daí que teremos dados ainda mais fascinante", disse ele à Folha, por telefone.

Quando questionado sobre a confiabilidade dos dados obtidos pelos instrumentos da Voyager-1, construídos na década de 1970, o cientista afirmou que a qualidade do equipamento tem sido checada frequentemente.

"Os dados demoram a viajar até a gente, mas eles são extremamente confiáveis."


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