Folha de S. Paulo


Denúncia contra acusados de incêndio no Instituto Butantan é aceita

A denúncia do Ministério Público contra cinco pessoas que trabalhavam no Instituto Butantan em 2010, quando ocorreu um incêndio que destruiu o laboratório de répteis do instituto, foi recebida nesta segunda-feira pela juíza Aparecida Angélica Correia, da Vara de Pinheiros.

Foram denunciados o então diretor-geral, Otávio Azevedo Mercadante; o então diretor administrativo, Ricardo Braga de Souza; o então diretor do Laboratório de Ecologia e Evolução, Otávio Augusto Vuolo Marques; a pesquisadora científica de serpentes Selma Maria de Almeida Santos, e o engenheiro responsável pela manutenção das edificações, Carlos Ely Almeida Correia. Todos são acusados de causar o incêndio.

A denúncia foi oferecida pela promotora Eliana Passarelli, baseado no laudo pericial que constatou que o imóvel incendiado era destinado ao depósito de material biológico com serpentes guardadas em recipientes com álcool. De acordo com o laudo, havia mais de 200 mil litros de álcool para conservação dos animais e as chamas começaram na parte do mezanino, local em que havia um terrário, equipamento criado para manter aquecida a temperatura corporal dos répteis.

Passarareli declarou à Folha em 2011, quando ofereceu a denúncia, que os funcionários assumiram o risco de incêndio ao não tomar medidas básicas de segurança e permitir práticas perigosas, como manter uma alta quantidade de material inflamável próxima a fontes de energia.


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