Folha de S. Paulo


5 dicas para a Dilma poupar em Buenos Aires

A presidente Dilma Rousseff, que na semana passada já cancelou uma viagem ao Japão e ao Vietnã, pode também não ir à Argentina para a posse do novo presidente do país vizinho, Mauricio Macri.

A Folha noticiou a possibilidade nesta semana. O cancelamento da viagem teria um valor simbólico, em meio a problemas que o governo vem passando para fechar o ano com as contas em dia.

Caso uma mudança na meta fiscal de 2015, a permitir ao governo fechar o ano com deficit de R$ 120 bilhões, não fosse aprovada, até viagens internacionais da presidente estariam sob risco, como parte de um bloqueio de gastos considerados não essenciais.

No começo da noite desta quarta-feira (2), o Congresso aprovou a mudança.

Ainda assim, como a economia dos dois países não anda tão bem das pernas, o "Turismo" conversou com brasileiros que moram em Buenos Aires ou viajam com frequência à capital argentina e reuniu dicas para a presidente conseguir economizar na estadia.

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Fuja da calle Florida

A calle (rua) Florida, um dos principais pontos turísticos de Buenos Aires, é repleta de lojas. Mas não é necessariamente o melhor lugar para fazer compras, já que o movimento intenso de turistas inflaciona preços.

Melhor seguir para as avenidas Córdoba e Santa Fé ou para o bairro Villa Crespo (com ponto principal na calle Aguirre), onde ficam os outlets.

Outra alternativa é o distrito El Once, espécie de versão portenha da paulistana rua 25 de Março.

Em Puerto Madero, aposte na comida de rua

A região de Puerto Madero é ótima para passeios a pé ou de bicicleta. Mas os restaurantes por ali (são várias opções) costumam cobrar contas salgadas.

Natacha Pisarenko/Associated Press
Vista da ponte de La Mujer, um dos principais pontos da região de Puerto Madero, em Buenos Aires
Vista da ponte de La Mujer, um dos principais pontos da região de Puerto Madero, em Buenos Aires

Vale mais a pena provar só os sorvetes ("helados") para acompanhar as caminhadas ou rumar para ali pertinho, na região de Costanera Sur, onde há food trucks e barracas de comida de rua.

Outra aposta é explorar guias locais para descobrir os restaurantes mais baratos. O do site Pick Up the Fork (em inglês) tem mais de 50 opções.

Vá de táxi (com moderação)

Os taxis são mais baratos mesmo. Em excesso, no entanto, podem desequilibrar as finanças. Prefira tomá-los quando estiver acompanhado –ou se for muito tarde e as ruas estiverem inseguras. No restante do dia, o transporte público –em metrô e ônibus– é eficiente e barato.

Com o cartão Sube (tipo de bilhete único local), as tarifas são menores. O aplicativo para smartphones Como Llego é bastante eficiente para indicar rotas usando o transporte público e até o sistema de bicicletas.

David Fernández/Efe
Táxi passa em frente a cartazes da campanha eleitoral argentina. em Buenos Aires
Táxi passa em frente a cartazes da campanha eleitoral argentina. em Buenos Aires

Troque Palermo por San Telmo

O animado bairro de Palermo, com bares, restaurantes e lojas, é também mais nobre e caro em termos de hospedagem.

Regiões mais centrais, como San Telmo, podem ser interessantes para quem quer economizar um pouco nos hotéis –sem deixar de ficar em uma região boêmia e descolada (no caso de San Telmo, dê preferência aos trechos mais próximos da avenida de Mayo, mais agitados).

A mesma variação se dá em apartamentos disponíveis em sites como o Airbnb.

Daniel Garcia/AFP
Vista do interior da livraria El Ateneo, uma das lojas clássicas de Buenos Aires, no Barrio Norte
Vista do interior da livraria El Ateneo, uma das lojas clássicas de Buenos Aires, no Barrio Norte

Escolha a passagem certa

Pode parecer estranho, mas não é raro encontrar pechinchas nas passagens aéreas de companhias que não são nem brasileiras, nem argentinas. Turkish Airlines –que faz o voo Buenos Aires-São Paulo-Istambul– e Qatar Airways –Buenos Aires-Guarulhos-Doha– por vezes têm bons valores.

A capital argentina tem dois aeroportos que a conectam ao Brasil: avalie se é o caso de chegar por Ezeiza, mais distante da cidade e que obriga a fazer uma corrida de táxi mais cara; o Aeroparque é bastante central –diferenças pequenas na tarifa podem compensar.

Eitan Abramovich-7.nov.2015/AFP
Maurício Macri, ainda como candidato de oposição, em comício em Buenos Aires
Maurício Macri, ainda como candidato de oposição, em comício em Buenos Aires

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