Fora dos holofotes direcionados aos "blockbusters", franquias bilionárias de games como "Call of Duty" e "Assassin's Creed", alguns desenvolvedores tentam chamar a atenção com games menos tradicionais na feira de entretenimento E3, em Los Angeles.
As diferenças podem estar no formato, caso do etéreo "No Man's Sky", que tem um universo infinito; na temática, como "Beyond Eyes" e sua protagonista cega; ou no visual, como "Cuphead" e sua aparência de desenhos animados do começo do século passado.
Veja abaixo oito dos mais diferentes jogos demonstrados na E3 deste ano.
1 - "BEYOND EYES"
O jogo da pequena desenvolvedora Tiger & Squid, chefiada por Sherida Halatoe, vai "além dos olhos" com um cenário totalmente branco e que ganha cores conforme é explorado por Rae, uma garota cega.
Ao passo que a jovem enfrenta seus medos e ganha confiança, valendo-se principalmente da audição e do tato em uma região bucólica, seu universo ganha mais elementos e complexidade.
Será lançado para computador e Xbox One até o fim deste ano.
2 - "NO MAN'S SKY"
Um jogo de exploração espacial que tem um universo virtualmente infinito, já que os planetas e estrelas da galáxia são gerados por algoritmos, "No Man's Sky" (ainda sem data de lançamento divulgada, para PlayStation 4) poderia ser definido como esteticamente sereno, por assim dizer.
Isso também poderia ser definido como "morbidamente entediante", mas, permeado por batalhas interestelares, vida alienígena e a capacidade de transformar a natureza de cada um dos pequenos astros, o jogo tem potencial para agradar alguns.
Em demonstração, Sean Murray, da Hello Games, pequena desenvolvedora por trás da obra, mostrou que qualquer ponto nesse "céu de nenhum homem" pode ser aleatoriamente selecionado para explorar.
Mais precisamente, "No Man's Sky" tem o limite de criação de 18,4 quintilhões de planetas, segundo Murray (sim, é finito).
3 - "DREAMS"
O artístico game permite que os jogadores de PlayStation 4 criem narrativas nos mundos dos sonhos usando os acelerômetros do controle. Além de "pintar" seus próprios personagens e rechear cenários com uma paleta de objetos diferentes, o jogador pode colaborar com projetos alheios e compartilhar suas obras.
Uma das partes mais legais é que os personagens podem ser movimentados pelo jogador como se fossem marionetes.
"É meio maluco, e espero mesmo causar muitas dúvidas [com a apresentação do trailer abaixo]", disse Alex Evans, chefe da desenvolvedora Media Molecule, por trás de "LittleBigPlanet" e do novo título, ainda sem data de lançamento.
4 - "CUPHEAD"
Baseado no visual dos desenhos animados dos anos 1930, "Cuphead" (cabeça de xícara) tem como protagonistas bonequinhos que lembram Mickey Mouse. "É nossa interpretação de games do passado, com adaptações para torná-lo moderno", disse em entrevista o chefe de desenvolvimento da canadense Studio MDHR, Chad Moldenhauer.
Tem lançamento datado para o ano que vem, para PC e Xbox One.
5 - "LIFE IS STRANGE"
Lançado em janeiro, essa espécie de novela interativa está no terceiro de cinco episódios que são desenrolados pelo gamer. "A vida é estranha", como é traduzido seu título, conta a história de Max Caufield, 18, um estudante que tem a capacidade de manipular o tempo.
Para a E3, a Square Enix e a Dontnod Entertainment, empresas por trás da série, publicou um vídeo que mostra o que se passou até agora, e dá uma dica do que pode vir em seguida, em obra ainda sem data de lançamento anunciada. A franquia é distribuída para PC, PS3, PS4, Xbox 360 e Xbox One.
6 - "UNRAVEL"
O nome desse jogo de aventura, que significa desemaranhar, dá uma dica do que se trata: de maneira semelhante ao futuro "Yoshi's Woolly World", mostrado pela Nintendo nesta terça-feira, "Unravel" trata de um protagonista feito de lã, Yarny (que poderia ser traduzido como "cheio de fios").
Diferentemente do "mundo de lã de Yoshi", como seria o aportuguesamento do game da Nintendo, o universo do jogo da Electronic Arts não é feito de bordado. Apesar de não ter sido divulgada sua data de lançamento, o título está sendo comercializado em regime de pré-venda por US$ 20, para PC.
7 - "FIREWATCH"
O game em primeira pessoa (em que o que o jogador vê é o mesmo que seria visto pelo protagonista) conta a história de um guarda florestal voluntário, Henry, responsável por supervisionar o parque de Shoshone, no Estado americano de Wyoming, em 1989. Ele é instruído por uma voz feminina, de Delilah, que vem de um radiocomunicador de mão do tipo Walkie-talkie, para resolver problemas triviais de sobrevivência na mata, mas também de forças misteriosas.
Além da temática que difere de tiros em um cenário pós-apocalíptico (e que, por isso, poderia causar sono em alguns), o jogo previsto para o fim deste ano tem visual cômico, menos fotorrealista, com um protagonista ausente de superpoderes.
O game da desenvolvedora americana Campo Santo será lançado até o fim deste ano para computador e PlayStation 4.
8 - "ANNO 2205"
Uma espécie de "Sim City na Lua", o simulador da Ubisoft que chega para computador no dia 3 de novembro toma lugar não só no satélite, mas também na Terra e em Marte. A ideia é lidar de maneira razoável com os recursos dos três astros para fazer as metrópoles construídas florescerem.
O repórter viajou a convite da Microsoft