Folha de S. Paulo


Veja sete frases e fatos que marcaram a era Marin na CBF

1 - Amigo das câmeras

José Maria Marin assumiu um mandato "tampão" após Ricardo Teixeira renunciar ao cargo de presidente da CBF, em março de 2012. Com a mesma base de aliados do sucessor, o cartola paulista mostrou-se diferente nas articulações políticas, na relação com jogadores e técnicos e também com a imprensa. Tentou aproximar-se de críticos da entidade, como Romário (sem sucesso), deu pitacos sobre a seleção e passou a frequentar o vestiário da equipe, o que Teixeira evitava fazer. Diferentemente do sucessor, que era avesso aos jornalistas imprensa, Marin adorava dar entrevistas e, principalmente, ser fotografado.

2 - Mano fritado

Mano Menezes assumiu o comando da seleção em julho de 2010 após Muricy Ramalho recusar o convite feito pelo até então presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O ex-técnico do Corinthians, porém, não teve vida longa no cargo. Menos de dois anos e meio depois, foi demitido por José Maria Marin com quem teve algumas desavenças. No período, Marin exigia ver a lista de convocados antes do treinador anunciar para a imprensa.

Marcelo Sayão/Efe
Marin conversa com Mano Menezes (dir.) durante a convocação da seleção brasileira para os Jogos Olímpicos de Londres
Marin conversa com Mano Menezes (dir.) durante a convocação da seleção brasileira para os Jogos Olímpicos de Londres

3 - Aposta no passado

Insatisfeito com o trabalho de Mano Menezes, Marin voltou ao passado. Trouxe Luiz Felipe Scolari, pentacampeão com o time nacional em 2002, para comandar a equipe na Copa. Como se não bastasse, ainda colocou Carlos Alberto Parreira no cargo de coordenador-técnico. Foi criticado por muitos que queriam ver um rosto novo na equipe. Alguns falavam até em Guardiola.

Sergio Moraes/Reuters
Marin durante a apresentação de Felipão (esq.) e Parreira
Marin durante a apresentação de Felipão (esq.) e Parreira

4 - Única alegria

A conquista da Copa das Confederações foi a única alegria da seleção brasileira durante a gestão Marin. Não teve o que comemorar na Copa do Mundo e nem mesmo na Olimpíada, já que a seleção, ainda comandada por Mano Menezes, perdeu na final para o México.

Pedro Ladeira/Folhapress
Marin visita a presidente Dilma Rousseff após a conquista da Copa das Confederações
Marin visita a presidente Dilma Rousseff após a conquista da Copa das Confederações

5 - Del Nero eminência parda

Marin será substituído por Marco Polo Del Nero, que foi eleito presidente em eleição realizada ainda em 2014. Desde 2012, quando Marin assumiu o cargo, Del Nero sempre esteve ligado diretamente ao dirigente. Ele inclusive participou da demissão de Mano Menezes. Del Nero, que também é membro do Comitê Executivo da Fifa e da Conmebol, será empossado presidente da CBF pelos próximos quatro anos.

6 - Céu ou inferno

Marin sabia da responsabilidade que a seleção brasileira tinha em jogar uma Copa do Mundo em casa. Menos de três meses antes do torneio, ele definiu bem o que pensava sobre o cenário que encontraria no Mundial. "Estamos no purgatório. "Se ganharmos a Copa, vamos para o céu. Se perdermos, vamos todos para o inferno". O resultado final, definitivamente, não levou a seleção para o céu.

Antonio Lacerda/Efe
Marin coloca a mão na testa durante entrevista no Rio de Janeiro
Marin coloca a mão na testa durante entrevista no Rio de Janeiro

7 - 7 a 1

Em sua gestão como presidente da CBF, a seleção brasileira sofreu a maior goleada em sua história centenária -perdeu para a Alemanha por 7 a 1, na semifinal da Copa do Mundo. Com cinco gols sofridos em 29 minutos, conseguiu bater uma marca do então Zaire, hoje República Democrática do Congo. O placar também foi a maior goleada já dada na fase semifinal.

Vanderlei Almeida/AFP
Marin (dir.) conversa com Felipão durante treino da seleção brasileira na Granja Comary
Marin (dir.) conversa com Felipão durante treino da seleção brasileira na Granja Comary

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