Folha de S. Paulo


Estudo sugere considerar guepardo como 'em perigo'

Richard Toller/Flickr
Guepardo no Parque Nacional de Serengeti, na Tanzânia
Guepardo no Parque Nacional de Serengeti, na Tanzânia

Um estudo sobre as populações de guepardo na África Austral sugere que a espécie encontra-se em perigo.

Os pesquisadores, que tiveram o apoio da "National Geographic Society", apresentaram evidências de que a baixa estimativa populacional do felino aliada a um declínio da quantidade de espécimes justifica a entrada do guepardo na lista de animais ameaçados da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

A equipe internacional analisou, de 2010 a 2016, uma área de quase 800 mil quilômetros quadrados entre Namíbia, Botswana, África do Sul e Zimbábue

O estudo estimou que apenas 3.577 guepardos vivem nessa área, pouco menor que a soma dos Estados de Minas Gerais e de São Paulo, e que a maioria deles vive dentro de apenas dois habitats.

A estimativa dos pesquisadores é 19% menor do que a avaliação da UICN, o que sustentaria o apelo para que o felino passasse do status de "vulnerável" para o de "em perigo de extinção".

Os pesquisadores descobriram também que apenas 18,4% da faixa de presença de guepardos está dentro de áreas protegidas internacionalmente reconhecidas.

Um aspecto inovador da pesquisa foi o uso de observações do público para realizar a estimativa. "Para uma espécie altamente fotogênica, como o guepardo, o uso de fotografias e vídeos feitos por turistas é uma abordagem inovadora e econômica, especialmente em áreas protegidas bem visitadas", disse Florian Weise, líder da pesquisa.


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