Folha de S. Paulo


Segunda geração de gavião-real nasce em cativeiro no Paraná

Gavião-real

Se os EUA têm a águia-careca, o Brasil tem o gavião-real (Harpia harpyja), animal majestoso que pode chegar aos dois metros de envergadura. E, agora, uma segunda geração acaba de nascer em cativeiro –um alento para a espécie considerada ameaçada.

A mãe do filhote tem oito anos de idade e também nasceu no Refúgio Biológico de Itaipu (PR). O pai é uma ave com mais de 14 anos de idade que foi resgatada no Pará. O nascimento do bebê aconteceu no último dia 5 de maio.

Um outro casal do Programa de Reprodução da Itaipu, em que as aves têm idades entre 17 e 18 anos, é o recordista em filhotes: 26 já nasceram. O último saiu do ovo no último dia 8.

O programa tem obtido sucesso nos cruzamentos desde 2009. Algumas das aves que nasceram lá foram doadas a outras instituições e outras foram soltas na natureza.

O gavião-real é uma das maiores aves de rapina do mundo e é encontrado em boa parte da América Latina, desde o México até a Argentina. Com a redução de seus biomas de origem preferenciais (Amazônia e mata atlântica), a ave sofre com a falta de alimento.

Os bichos são estritamente carnívoros e há relatos de que os adultos caçam desde pequenas presas como roedores e lagartos até macacos.

Além do desmatamento das florestas que as aves têm como habitat, outra questão importante para a preservação do gavião-real é a caça praticada por traficantes de animais silvestres, por tribos indígenas e também por aqueles interessados em comer a carne do animal.


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