Folha de S. Paulo


Morre Tilikum, orca que matou treinadora e protagonizou "Blackfish"

O parque aquático SeaWorld anunciou que Tilikum, orca que foi responsável pela morte de sua treinadora em 2010 e depois se tornou protagonista do documentário "Blackfish", morreu nesta sexta (6) em Orlando, na Flórida.

"É com pesar que compartilhamos a triste notícia da morte de Tilikum, uma das orcas mais conhecidas do SeaWorld Orlando. Tilikum foi um membro amado da família SeaWorld por 25 anos e tocou a vida de milhões. A família SeaWorld e muitas pessoas que Tilikum inspirou sentirão muita falta dele", disse a empresa em sua página no Facebook.

A orca sofria de uma infecção persistente de uma bactéria encontrada em habitats selvagens, mas a causa exata da morte será determinada por uma necrópsia. Estima-se que Tilikum tinha 36 anos de idade.

Os cuidadores dele haviam dito em março que a orca tinha sido afetada por uma infecção que poderia causar sua morte. Tilikum estava no centro de um programa controverso de criação de orcas, que o parque SeaWorld encerrou no ano passado.

A empresa também deu fim às performances de orcas assassinas em San Diego, por causa da pressão que sofreu depois do lançamento do documentário "Blackfish".

Com a morte de Tilikum, o SeaWorld agora tem 22 orcas em Orlando, San Antonio e San Diego.

A empresa também lembrou que Tilikum estava "intrincadamente ligada" à morte de sua treinadora, Dawn Brancheau, em 2010. "Enquanto todos nós sentimos tristeza profunda com aquela perda, continuamos a oferecer a Tilikum o melhor cuidado possível diariamente dos melhores especialistas em mamíferos aquáticos."

A orca mordeu o rabo de cavalo de Dawn Brancheau antes de arrastá-la para debaixo d'água e matá-la. Após o ocorrido, o SeaWorld conduziu revisões extensas que resultaram no isolamento dos treinadores por segurança.

Em 2013, o documentário "Blackfish" examinou a morte de Brancheau ao olhar para a saúde mental das baleias e orcas que são retiradas de seus habitats e criadas em parques marinhos. No entanto, o parque recusou as acusações do filme de que os animais em cativeiro sofrem de estresse físico e mental por causa do confinamento.


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