Folha de S. Paulo


Pescadores japoneses saem novamente ao mar para capturar mais golfinhos

Pescadores japoneses voltaram ao mar nesta quarta-feira (22) para tentar capturar mais golfinhos na costa do arquipélago, anunciaram organizações de defesa dos animais, que tentam alertar a opinião mundial sobre a prática.

Ontem (21), o governo japonês defendeu a caça a golfinhos em sua costa, confrontando a nova embaixadora americana, Caroline Kennedy, que criticara a caça recentemente em um post no Twitter, no qual a qualificava de "desumana".

Kennedy se opôs a uma forma de pesca conhecida como "drive hunt", em que golfinhos são conduzidos por barcos a uma área da qual não podem escapar, onde dezenas ou, talvez, centenas de animais são capturados. Críticos haviam considerado a prática desumana em razão do número de golfinhos mortos e da ameaça que isso traz às populações do animal.

Ativistas da associação de defesa dos animais Sea Sheperd, com sede nos Estados Unidos, viajaram a Taiji, no oeste do Japão, para denunciar o que consideram uma carnificina.

Segundo este organismo, desde o início da temporada de pesca de golfinhos nesta região 41 cetáceos foram mortos e 52 foram capturados para serem vendidos vivos por somas que podem alcançar milhares de dólares. Mais de 200 animais foram confinados na baía e parte deles foi libertada, acrescentou a Sea Sheperd.

Esta prática local foi divulgada em todo o mundo no documentário "The Cove", de 2009, que obteve o Oscar de melhor documentário em 2010.

As autoridades e os pescadores de Taiji afirmam, no entanto, que esta atividade é primordial para a economia da comunidade e acusam os ativistas de não respeitarem a cultura local.

Os pescadores também afirmam que matam os golfinhos com menos crueldade que antes, limitando-se a cortar a medula espinhal.

O governo japonês defendeu a caça a golfinhos em sua costa, confrontando a nova embaixadora americana, Caroline Kennedy, que criticara a caça recentemente em um post no Twitter, no qual a qualificava de "desumana".


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