Folha de S. Paulo


Lar de músicos eruditos, Viena se abre à modernidade sem esquecer clássicos

O ano é 2015, mas Viena guarda hábitos com um quê secular: na capital da Áustria, jovens tomam aulas de valsa e frequentam bailes de gala, carruagens trotam pelas ruas e apresentações da escola de equitação são tão disputadas quanto concertos e óperas.

Repleta de construções históricas –a icônica e opulenta catedral de Santo Estêvão data do século 12–, a cidade parece mesmo mais sóbria que destinos mais populares como Paris, Berlim ou Madri.

Mas, aos poucos, Viena tem se aberto à modernidade. Hoje, bastam poucos dias na cidade para notar seu lado plural e vibrante, além da aristocracia preservada.

Como não se pode ignorar o passado vivo do lugar, em 2015 o que marca a cidade são as celebrações dos 150 anos de abertura da Ringstrasse. A via de 5,3 km circunda o centro e sedia alguns dos principais símbolos arquitetônicos vienenses, vários ligados à música (leia mais abaixo).

Até o fim do ano, estão previstos diversos eventos pontuais, como o Music Film Festival, que fará projeções de filmes na prefeitura até setembro, e uma grande parada de rua (em 29 de agosto).

Museus, a exemplo da casa onde viveu Sigmund Freud e os da praça MuseumsQuartier também elaboraram tours especiais para a celebração (veja todos em bit.ly/1JfYf5e).

Os passeios ora detalham a história da cidade permeada pela Ring, ora a relação da via com personagens como o pai da psicanálise –que nela visitava pacientes, frequentava o café Landtmann e dava aulas na Universidade.

Há também um passeio sobre segways (aqueles carrinhos de duas rodas usados por seguranças de shopping) e um drinque especial para a data, servido em algumas casas –mistura de gim, suco de limão, bitter de chocolate e espumante, em taças com bordas meladas de açúcar.

Roteiro a pé explora relação da cidade com a música

COMIDA É ARTE

O lado moderno de Viena se revela também em pontos da moda. Flanar pelos arteriais calçadões Kärntner strasse e Kohlmarkt é deparar-se com grifes famosas e lojas descoladas de design.

Para comer, dois bons locais valorizam clássicos vienenses: o Steirereck, entre os 50 melhores do mundo desde 2009, está na bela área verde do Stadtpark; o mais moderninho Motto am Fluss, com pratos na faixa de ¬ 25, fica às margens do Danúbio.

Mesmo pontos tradicionais, como o American Bar Loos, fundado em 1908, mas com carta de drinques das mais contemporâneas, e os bares do mercado de rua Naschmarkt, abertos até tarde, já não devem em modernidade.

Patrimônio cultural, cafés de Viena também se renovam

O jornalista viajou a convite do Turismo de Viena


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