Folha de S. Paulo


Mark Zuckerberg publica texto em solidariedade ao 'Charlie Hebdo'

O cofundador e presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, publicou nesta sexta-feira (9) texto em que defendeu o jornal de sátiras francês "Charlie Hebdo", que sofreu um atentado nesta semana.

Na postagem, divulgada por meio do seu perfil no Facebook, o executivo fala sobre sua "própria experiência com o extremismo", sobre quando um paquistanês propôs que Zuckerberg fosse condenado à morte ao que o Facebook recusou-se a retirar um conteúdo específico sobre Maomé.

"Mantivemos essa posição porque vozes diferentes –mesmo que às vezes ofensivas– podem tornar o mundo melhor e mais interessante", escreveu.

"Precisamos todos rejeitar isso: um grupo de extremistas tentando silenciar as vozes e opiniões dos demais ao redor do mundo."

Zuckerberg termina a missiva escrevendo que seus "pensamentos estão com as vítimas, os franceses e as pessoas que escolheram compartilhar seus pontos de vista e ideias, mesmo que isso tome coragem". Ele usou o marcador #JeSuisCharlie ("sou Charlie").

A publicação "Charlie Hebdo" fez cartuns controversos acerca do profeta Maomé, ícone máximo do islamismo, o que –acredita-se– motivou os ataques desta quarta (7) que deixaram doze pessoas mortas, incluindo quatro dos principais cartunistas do periódico.

RESPOSTA

Um usuário do Facebook, com perfil chamado Umar Kham e que afirma ser paquistanês, escreveu uma resposta crítica ao texto, no comentário que viria a ser o mais "curtido" por outros internautas na postagem de Zuckerberg.

"Você não pode simplesmente culpar toda uma nação tendo como base os atos de uma pessoa", escreveu ele. "Nem todo 'paquistanês' tem a mente igual."

Numa tréplica –em tópico que já tem mais de 1.300 comentários–, o perfil de Zuckerberg na rede escreveu: "Você está certo. Tenho muitos amigos paquistaneses e sei que a maior parte dos paquistaneses não são como a pessoa que tentou que eu fosse condenado à morte!"


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