Folha de S. Paulo


IBM vai usar supercomputador no tratamento de câncer

A IBM anunciou na quarta-feira (19) que seu supercomputador Watson será usado em um projeto de medicina genética para ajudar no tratamento personalizado de pacientes com câncer.

O programa do NYGC (Centro de Genoma de Nova York) vai permitir que médicos adaptem o tratamento para o perfil genético de cada paciente. A primeira fase do projeto vai focar pacientes com glioblastoma, um tumor no cérebro que mata 13 mil pessoas por ano nos EUA.

Para aproveitar o potencial de processamento, o supercomputador Watson buscará estudos e dados clínicos em revistas de medicina para vinculá-los às mutações genéticas dos pacientes.

"Essa iniciativa conjunta pretender acelerar esse processo complexo, mediante a identificação de padrões na sequência genética e em dados médicos, para criar oportunidades que ajudem os médicos a levar a promessa da medicina genética a seus pacientes."

O presidente e diretor científico do NYGC, Robert Darnell, afirmou que, desde o sequenciamento do genoma humano, há mais de 10 anos, "o verdadeiro desafio que temos pela frente é como dar sentido à quantidade massiva de dados e transformar essas informações em melhores tratamentos para os pacientes".

A IBM já tinha se associado em setembro de 2011 à companhia de seguros WellPoint para implementar a primeira aplicação comercial das capacidades de cálculo do Watson, desenvolvido para ajudar médicos a fazer diagnósticos e tratar seus pacientes.

O supercomputador ganhou fama em fevereiro de 2010 depois de vencer dois campeões humanos no jogo de perguntas e respostas "Jeopardy!", tradicional programa da televisão americana.

Watson, batizado em homenagem ao fundador da IBM, Thomas Watson, utiliza uma série de algoritmos para determinar de maneira extremamente rápida qual a resposta tem mais possibilidades de estar correta.


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