Folha de S. Paulo


'Meu lado da política é o 'B'', diz primeira-dama do TJ-SP

Claudia Sartori, 41, acabou de ganhar rosas vermelhas. É dia dos namorados e seu marido, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Sartori, resolveu surpreendê-la.

As "surpresinhas" começaram há 13 anos. Foi quando ele a conheceu "numa churrascada", deu-lhe "O Alquimista" (Paulo Coelho) de presente, pediu que abrisse na página 157, destacou uma frase sobre almas gêmeas e foi direto: "Entendeu?".

Com buquê na mão, vestido de renda azul-marinho no meio das coxas e esmalte rosa da marca Ana Hickmann nas unhas, ela diz entender até hoje.

No suntuoso palácio do TJ, na praça da Sé, Claudia preside "sem salário" o Comitê de Ação Social e Cidadania --pelo trabalho, recebeu o prêmio Excelência Mulher 2013, da Fiesp.

Formada em fisioterapia, investiu no lado artístico em 2012: entrevistou o ex-prefeito Paulo Maluf e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para o "Amaury Jr. Show" (Rede TV!).

sãopaulo - O TJ nunca teve comitê de cidadania?
Claudia Sartori - Nunca. Nem vou falar na questão das idades das mulheres dos presidentes [anteriores]. Acho que nunca se interessaram. Eu achava que carecia muito. Mais ou menos um ano atrás, a gente começou a viabilizar o comitê.

Como a praça da Sé lhe parece?
Uma vez peguei um segurança e falei: "Vou andar na Sé". Saí simples. Caramba, você tem desde um restaurante mais fino até botequinho cheirando um pastel que fiquei morrendo de vontade de comer. Devia, mas estava de dieta.

Sente-se segura aqui?
Vou ver muito sincera: não. Tínhamos compromisso com o [governador] Alckmin e deixei minha pequena [a filha Sabrina, 5] com meus sogros. Minha cunhada levou ela pra casa, e nesse percurso houve um assalto. Teve tiroteio e tudo. A nossa sorte é que ela estava com a escolta. E eu não queria escolta, achava que era um luxo.

Alguns juízes impedem decote e roupa curta em fóruns de SP.
Não aprovo. Por que normalmente fazem essas proibições? Dizem que o homem vai ver e vai cobiçar. O homem pode cobiçar com a mulher inteira vestida.

Como foi gravar para o Amaury Jr.?
Meu quadro era voltado para o lado B dos políticos. Com Eliana Calmon [ex-corregedora nacional de Justiça] foi sobre o livro de receitas dela. Uma entrevista que amei: o ministro da Justiça. Queria ter marcado no Club A, mas foi numa loja do sócio do Amaury, que vende piano. [Cardozo] tocou "Asa Branca".

E com o ex-prefeito Maluf?
Queria fazer sobre os carros de corrida e a "adeguinha" dele. Ele fala que vai de vez em quando correr, não liga pra idade.

Quais são os próximos convidados?
Tô querendo o prefeito [Haddad]. O Kassab também, acho ele sensacional. Até surgiu a brincadeira: "A gente vai falar de comida?". Ele bateu na barriga: "Só se for pra comer, né? Olha como eu tô!".


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