Folha de S. Paulo


Mulheres devem ocupar segundo escalão no governo Temer

Após o bombardeio de críticas por não haver mulheres ou negros na Esplanada do presidente interino Michel Temer, o novo chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou, nesta sexta (13), que o governo se esforçará para nomear mulheres para postos nas secretarias especiais que foram fundidas a ministérios.

O ministro ressaltou ainda que quem vai comandar a chefia de gabinete de Michel Temer é "uma mulher", Nara de Jesus.

Padilha tentou minimizar as críticas. Disse que a composição do governo Temer foi desenhada em parceria com partidos políticos e sugeriu que foram as siglas que não indicaram mulheres para ministérios.

"Tivemos essa composição a partir das sugestões que os partidos fizeram. Tivemos pouco tempo e tentamos de várias formas buscar mulheres", disse Padilha. Ele reconheceu que a iniciativa não deu certo, "por razões que não convém discutir aqui".

Editoria de arte/Folhapress

Temer é o primeiro presidente desde Ernesto Geisel (1974-1979) a não incluir mulheres na Esplanada.

Nas articulações para formar sua equipe ministerial, Temer convidou uma única mulher: a ex-ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Ellen Gracie para assumir a CGU (Controladoria-Geral da União), que recusou.

Os outros nomes femininos que surgiram, das deputadas Mara Gabrilli (PSDB-SP) e Renata Abreu (PTN-SP), faziam parte das negociações partidárias, mas não prosperaram.


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