Os protestos pró e anti-impeachment que acontecem no Rio, na tarde deste domingo (17), tiveram problema técnico em um telão montado em Copacabana, passos de samba na região da Lapa e promoção de pixulecos da presidente, Dilma Rousseff, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do juiz federal Sérgio Moro.
A guia de turismo Isabela Maroja começou vendendo os bonecos por R$ 20 cada, mas uma hora e meia depois do início da concentração teve que baixar para R$ 15 devido à grande concorrência. Outros vendedores chegaram a oferecer pixulecos a R$ 10. O mais vendido, segundo ela é o de Lula. "É ele que é o ladrãozão mesmo, dele que as pessoas têm raiva", diz.
Os ambulantes Valdecir e Graça, moradores da Rocinha, chegaram ao protesto em Copacabana ao meio-dia e até o final da tarde tinham vendido apenas dez produtos entre cornetas, bandeiras e chapéus a preços entre R$ 5 e 10, e dizem que o material é sobra da Copa, que foi "uma porcaria".
Também em Copacabana, um dos quatro telões montados na praia deu problema técnico. Sintonizada na Globonews pela internet, a imagem não estava sincronizada com o áudio. Enquanto um parlamentar do PV discursava, a imagem passava um deputado do PHS. Com isso, houve vaias acidentais para deputados favoráveis à presidente Dilma.
O organizador culpou o PT pelo problema. "Já começaram a cortar nossa internet", disse, em um pequeno palco montado no posto 5. Após o problema, toda vez que um parlamentar contra o impeachment subia à tribuna, o áudio do telão era cortado.
Já na Lapa, região central do Rio, o protesto era a favor da presidente Dilma. Apesar da tensão, alguns manifestantes no local dançavam ao som do samba.
Ronald Lincoln Jr./ Folhapress |
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Apesar da tensão, manifestantes a favor da presidente Dilma Rousseff dançam samba na Lapa |