Folha de S. Paulo


'Impeachment não é pesquisa de popularidade', afirma Adams

Ed Ferreira/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 16-07-2015, 10h00: O advogado-geral da Uniao, Luis Inacio Adams, durante audiencia na CPI da Petrobras.(Foto: Ed Ferreira/Folhapress, PODER)
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams

O ministro Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) elogiou nesta sexta-feira (18) a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de estabelecer voto aberto na tramitação do processo de impeachment. Ele negou "interferência" da Corte no Poder Legislativo ao se posicionar sobre o assunto.

Adams disse ainda que não há motivos para a destituição da presidente Dilma Rousseff. "Processo de impeachment não é processo de popularidade, não é pesquisa de opinião. Processo de impeachment é verificação de um ato que represente uma conduta vedada, e precisa ter fato objetivo, concreto e provado para justificar isso", afirmou após agenda no Palácio do Planalto.

"Não é uma mera decisão de conveniência, de 'olha, me dá um cargo que eu voto'", completou.

O ministro defendeu o entendimento da maioria dos ministros de que não cabe votação secreta, e comparou esse formato a "acordo de conveniência". "Faz diferença. O voto aberto é o voto da convicção. Eu estou votando abertamente porque acredito nisso. Voto fechado não explica nada, é acordo de conveniência e oportunidade, sem presumir sua convicção."

A exemplo de outros ministros do governo, Adams também defendeu a necessidade de tramitação rápida do processo de impeachment. "O governo continua com pressa em resolver, mas também respeita a realidade."

Infográfico: A repercussão do pedido de impeachment


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