Folha de S. Paulo


Órgãos de imprensa são alvo de manifestantes durante protesto

A imprensa foi constantemente criticada durante a manifestação contra a presidente Dilma Rousseff na avenida Paulista, neste domingo (13).

Pela manhã, antes do início formal do ato, coordenadores do MBL (Movimento Brasil Livre) discutiram com uma repórter da Folha que questionou o fato de um caminhão ter bloqueado a ciclovia da avenida.

"O jornal Folha de S.Paulo, que faz uma cobertura parcial e partidária, veio aqui fazer a mesma pergunta que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e a GCM (Guarda Civil Metropolitana). Está aqui a serviço da prefeitura ou a serviço do jornal?", perguntou, em tom ríspido, Renan Santos, um dos coordenadores do MBL.

A jornalista respondeu que havia acompanhado um ato do movimento durante a semana na favela de Heliópolis e criticou o questionamento do interlocutor.

Conectados à internet, os manifestantes também reclamaram quando o site do jornal noticiou que a avenida Paulista era palco, simultaneamente, de encontro que reunia um grupo de autointitulados "marombeiros".

Renan Santos, do MBL, criticou a cobertura dos atos da entidade: "Fizemos uma marcha até Brasília e nenhum veículo brasileiro cobriu. Acampamos pela primeira vez na frente do Congresso, ninguém cobriu", afirmou.

"'Al Jazeera' cobriu, 'The Guardian' cobriu. Folha e 'Estadão'? Nada. Sabe por quê? Porque eles acham que vocês são burros. Um bando de acéfalos", acrescentou.

Ele também criticou uma jornalista da Globo News.


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