Folha de S. Paulo


PMDB deve lealdade ao governo, diz ministro Helder Barbalho

O ministro da Secretaria Especial de Portos, Helder Barbalho (PMDB-PA), disse nesta quarta-feira (9) que o PMDB deve lealdade ao governo federal.

"O PMDB compõe o governo e, por isso, deve lealdade ao governo da senhora presidenta. Todos aqueles que compõem o governo devem colaborar para que o Brasil encontre o caminho para essa travessia", disse Barbalho a jornalistas, após participar do leilão de portos realizado nesta quarta (9) na BM&FBovespa, em São Paulo.

Questionado se essa também será a posição dos parlamentares do PMDB na votação do impeachment, Barbalho respondeu que pela "bancada da Câmara falam os deputados e o seu líder".

No dia seguinte à derrota do Palácio do Planalto para a composição da comissão especial do impeachment, porém, o deputado federal Leonardo Picciani (RJ), aliado da presidente Dilma Rousseff, foi destituído do posto líder do PMDB na Câmara.

O movimento que teve o respaldo do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Um grupo de parlamentares peemedebistas favoráveis ao afastamento da petista protocolou no final da manhã desta quarta abaixo-assinado, na secretaria-geral da Câmara, pedindo a troca da liderança.

A ala oposicionista conseguiu reunir a assinatura de mais da metade dos integrantes da bancada, 35 de 66 deputados federais e indicou como novo líder o deputado federal Leonardo Quintão (MG).

A secretaria-geral já realizou a checagem das assinaturas e Quintão já aparece como novo líder do partido. Na tentativa de reverter o episódio, Picciani já começou a recolher assinaturas, incluindo de deputados federais signatários do abaixo-assinado contra ele.

TEMER

Na terça-feira (8), os dissidentes peemedebistas se reuniram com o vice-presidente Michel Temer para pedir o seu apoio à destituição de Picciani.

À frente dos rebelados, estava o deputado Lúcio Vieira Lima (BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, um dos peemedebistas mais próximos a Temer e defensor do impeachment.

Com a saída de Picciani, o Palácio do Planalto deve perder o controle sobre a maior bancada da Câmara dos Deputados e, por enquanto, o maior partido aliado do governo federal.

Aliado de Dilma, Picciani se recusou a indicar deputados contrários ao impeachment para a comissão especial que analisará o pedido. Os rebelados do PMDB também procuraram o vice-presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO).


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