A Polícia Federal realiza nesta terça-feira (18), no norte de Minas Gerais, a operação Curinga, que visa desmontar uma quadrilha especializada em crimes contra a Previdência Social.
A ação ocorre nas cidades de Montes Claros, Espinosa e Monte Azul, e envolve políticos e advogados. As fraudes apuradas até agora somam cerca de R$ 200 mil.
São suspeitos de pertencer à quadrilha quatro políticos de Monte Azul, sendo três vereadores. Servidores do INSS de Espinosa e advogados de Espinosa e de Montes Claros também são investigados.
Ao todo, 19 pessoas são investigadas nessa operação. A Justiça expediu contra elas a mandados de condução coercitiva –quando a pessoa não é presa, mas é levada para a delegacia para prestar depoimentos.
Funcionários do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Monte Azul também são suspeitos de fraudar processos de aposentadorias rurais por tempo de serviço.
Segundo a PF, a quadrilha forjava dados para que beneficiários que não preenchiam os requisitos recebessem a aposentadoria. Eles eram obrigados a repassar parte do valor pago pelo INSS à quadrilha e ainda dar apoio aos políticos da região.
Estão sendo cumpridos ainda mandados de busca e apreensão. A operação tem a participação do Ministério Público Federal e do INSS.
Segundo a PF, os suspeitos responderão por crimes contra a administração pública, estelionato, formação de quadrilha e falsidade ideológica, entre outros. A polícia apura ainda se há crimes eleitorais e desvios de recursos públicos envolvidos.