Folha de S. Paulo


Dilma diz lamentar confronto entre militantes do PT e PSDB

A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), lamentou o confronto na tarde desta quinta-feira (23) entre militantes do PT e do PSDB, que trocaram chutes e tapas na frente do Teatro Municipal, no centro de São Paulo. Afirmou ainda que o acirramento do debate é normal em uma eleição disputada.

"Toda eleição tem conflitos e confrontos de ideias. Ninguém pode sair do campo das ideias e ir para o campo da realidade física", disse Dilma, em entrevista coletiva em um hotel na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde a candidata se prepara para o debate da TV Globo nesta sexta-feira (24). "Quero fazer um apelo para que não ocorra confronto físico. Conflitos físicos têm de ser repudiados. É oportuno que tenhamos uma atitude de tranquilidade", acrescentou.

"No final das eleições, o clima fica um pouco mais quente. A gente não pode chegar agora e tentar criar um fantasma disso tudo. Não vi esse clima na campanha pelo Brasil. Não vi uma atitude de agressão, mas de festa e comemoração", disse Dilma.

Questionada sobre o comentário do ex-presidente Lula, que chamou Aécio de "filhinho de papai" em campanha no Rio, Dilma citou outra declaração de seu adversário tucano.

"Você deveria perguntar sobre isso para o presidente Lula", disse a candidata, antes de prosseguir. "Mas é correto também alguém me chamar de leviana? Eu sou presidente da República, sou mulher, mãe e avó. Então, vamos ter calma e tranquilidade", acrescentou.

Dilma respondeu ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que a criticou por não reconhecer o legado deixado pelo governo tucano.

"Não reconheço os ganhos sociais do governo Fernando Henrique. Reconheço a estabilidade da moeda. Lamento que ele fique irritado com isso. Mas essa é uma disputa absolutamente dentro do respeito e dentro dos parâmetros democráticos", concluiu a presidente.

"A boa notícia de hoje é que saiu a pesquisa metropolitana de emprego do IBGE que mostra que o desemprego está diminuindo. Foi reduzido para 4,9%. Desde que começou a série histórica, essa é a menor taxa de desemprego de setembro de todo o período da série histórica. O que mostra uma consistente redução do desemprego no Brasil", disse.


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