Folha de S. Paulo


Incra diz que polícia investiga as denúncias

Responsável pelo assentamento Águas Claras, em Vilhena (RO), onde vivem trabalhadores rurais ameaçados de morte –entre os quais Adilson Alves Machado–, o Incra afirmou que já comunicou o caso à Ouvidoria Agrária Nacional, órgão do Ministério do Desenvolvimento Agrário que medeia conflitos.

Segundo o Incra, a Secretaria de Segurança Pública de Rondônia apura as denúncias, e a Polícia Civil de Vilhena abriu inquérito para investigar as ameaças de morte.

No caso envolvendo a líder quilombola Rosimeire dos Santos Silva, que chegou a ser agredida por oficiais das Forças Armadas em Salvador, no começo deste ano –existem imagens gravadas da agressão–, o Ministério da Defesa afirma que a Marinha já realizou um inquérito policial militar, que foi enviado em março para a Justiça Militar da União, "à qual caberá a adoção das providências cabíveis".

O ministério afirma ainda que as obras para a construção de um novo acesso até o quilombo Rio dos Macacos, que possui verba de R$ 500 mil para sua realização, foram suspensas pela Justiça Federal da Bahia.

"A União interpôs agravo contra essa decisão no Tribunal Federal da 1ª Região, o qual está pendente de julgamento", diz a nota do Ministério da Defesa.

De acordo com a Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, embora Rosimeire se recuse a receber proteção do governo federal, a situação dos moradores do quilombo é acompanhada pelo governo do Estado da Bahia.


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